quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

It's never easy..

Quando eu era pequena, notava que as pessoas tinham uma vida muito mais...simples que a minha. Refletiam menos sobre as coisas, sofriam menos. Naquela época eu me apaixonava demais, era boba - talvez esse seja o conceito atual para definir meninas que são sensíveis em excesso. Aos poucos, notei que a dificuldade em conseguir as coisas, pura e simplesmente conseguir as coisas, estendia-se ao cotidiano. Eu não só me apaixonava pelos caras que acabavam apaixonando-se por minhas melhores amigas: eu perdia no vestibular, mesmo sabendo que estudei tudo o que pude, dei o máximo, até ficar esgotada. Perdia namorados e no vestibular de novo, perdia entrevistas de trabalho, perdia nas seleções do A Tarde, perdia, perdia....Enquanto pessoas na minha frente conseguiam as coisas tão facilmente, eu perdia.
Aquilo tornou-se uma muralha enorme em minha vida. Sempre acho que tudo vai dar errado. Sempre acho que não vou conseguir nada. E que não sou boa, não importa o quanto eu estude, não importa o quanto eu trabalhe por algo. Mas o meu espírito insistente não desiste. Mesmo que eu ainda não saiba desenhar tanto quanto desejo, eu não desisto. Mesmo que ainda não tenha as sacadas geniais de design que imaginei, continuo estudando.
Agora, mais uma vez, a minha tendência a nunca terminar nada além de relacionamentos aparece como a sombra que estava escondida todos esses anos de frustração por ter escolhido uma profissão que, aos poucos, percebi que não tinha nada a ver comigo: a de jornalista. Não gosto de ser jornalista, não acompanho notícias, não tenho muitos amigos jornalistas, acho a maioria um bando de bossais sem-graça.
Agora, mais uma vez, a minha tendência a nunca terminar nada além de relacionamentos aparece como uma sombra.
Uma professora, UMA, acusou-me de algo que não fiz. E por isso talvez eu não conclua meu curso. POIS BEM. Darei o meu suor para que isso não aconteça, mas se acontecer...EU NÃO DESISTO. Tomei muito, muito na cara para aprender a ser mulher, a enfrentar a porra do problema ao invés de sentar e esperar que ele se resolva sozinho. NÃO FIZ O QUE ELA DISSE, não sou uma idiota. Sou uma pessoa que TEM MAIS LIVROS QUE ROUPAS. E não vou desistir.
Se ela me reprovar, eu desisto DE JORNALISMO.
E vou fazer design, e vou recomeçar tudo de novo, com a mesma cara, com esperança de que, dessa vez, eu passe, eu ganhe aquela bolsa, eu finalmente consiga algo que eu queira, não algo que era mais fácil. Eu finalmente encontrei minha paixão, o desenho. A arte. Não vou desistir, nunca.
Desistir de sonho é coisa de gente boba. E eu já passei da idade do romântico sensível, sentado olhando a lua e pensando como deus vai resolver seus problemas. deus deve existir. Mas ele está lá pra dificultar, deve ser. Para que a gente se divirta mais no final.
Eu já estou velha demais para acreditar em santos que vão resolver meus problemas. Minhas merdas eu mesma resolvo.
Talvez eu até perca de novo...mas vai ser só mais uma derrota da minha coleção. O lado bom de perder demais (é, existe lado bom) é que, aos poucos, as derrotas perdem importância. O importante fica sendo o quanto você cresce com elas....e o que você vai fazer depois delas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hmmm...

Será que sou o tipo da que usa anel?
E se eu for? Não quero estragar tudo por pura birra.

É esquisito. Decidi passar minha vida com alguém que pouco conheço, que acha que algumas coisas perdem a graça quando passa o início. Enquanto isso, ao meu lado, algo enche a paciência de uma sensação nova.

Só sei que estou alegre, mas cansada. Ao mesmo tempo, reflexiva. Ele é sem dúvida um cara muito legal, talvez o mais legal que já conheci.
Mas, e aí?

Isso é suficiente?

Só tenho a certeza de que estou cansada. E de que isso não é legal.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Esse pequeno trabalho que é confiar.

Acho que o meu passado amoroso, além de ter deixado algumas coisas boas, por ter me tornado mais forte, menos romântica, mais realista, também me tornou uma pessoa que não confia muito nos outros. Isso é triste, porque sempre vai haver a pergunta: "Não é melhor eu parar por aqui não?"
Porque muitas vezes eu tento comparar a minha vida agora à minha vida de solteira. Isso porque estar apegada a alguém significa ter que abrir mão, um pouquinho, de si mesma. E solteira você é livre, literalmente. Mas eu me divirto muito agora também. Só desconfio, o tempo todo.
- Só o tempo para fazer você acreditar - ele disse.
Acho que é assim mesmo. A ferida está lá, aberta. Tive que me reconstruir dos cacos, claro que alguns pedaços ficaram de fora. Claro que algumas coisas jamais recuperarei - como a capacidade de acreditar em romances cinematográficos, em discursos lindos, de ser mais sensível. Mas, quem sabe, alguém não conquiste minha confiança?
E, quem sabe, esse alguém não seja ele?
Eu não posso dizer nada ainda. E não sei quando poderei.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Eu, insensível?

Ok, tempo que eu não posto, mas foi a preguiça. Falta menos de uma semana para eu entregar meu tcc. Deveria estar escrevendo a conclusão e parei para escrever no blog. Isso porque me vi aqui, ouvindo Queens of The Stone Age e, de repente, lembrei como eu era chorona quando ouvia (ai, gente, até esqueci o nome da banda!) as bandas melosas que o meu ex adoraaava ouvir. Ixc. Sou muito melhor assim, mesmo que tenha ficado mais braba. Simplismente enjoei de frescuras, de gente posando de boazinha e sensível. Ah, sai pra lá.

Meu negócio agora é muito mais "porra, você vai?" do que "ah, vamos, benhê".

Tendeu?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

De coisas que a gente não consegue evitar

  1. Dois meses, alguns dias...e bye bye Salvador;
  2. Dois meses...e bye bye jornalismo;
  3. Dois meses...e bye bye old job;
  4. Três meses, alguns dias...e bem vinda escola de desenho.

É tanta coisa acontecendo que mal dá pra respirar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Do ato de escrever uma biografia - parte 1

Quando você começa com as primeiras (óbvio!) palavras, nem parece que, em um determinado momento você vai estar tão envolvido no processo que, noutra hora, aquilo não vai sair da sua cabeça. No meu caso, uma biografia de Batatinha, o começo foi bem difícil. Não era possível falar com os familiares, porque ELES não estavam interessados, não ganhariam nada com aquilo. Em desespero, pensei em desistir.

Mas aí vieram todos os meus planos para o futuro: a viagem, o curso de desenho...e principalmente, o fato de que eu preciso terminar algo - que não seja relacionamentos - em minha vida. Minha orientadora me mostrou algumas possibilidades e eu pronto: comecemos, então.

Organizar os dados, as datas, as imagens, é tudo muito difícil; é como organizar a vida de uma pessoa e traduzi-la em páginas. É exatamente isso. Uma nuvem de informações que você tem que catalogar, organizar e, enfim...transformar em história. Depois que tudo começou, é impossível não terminar, porque aquela história entranha em suas mãos, em sua cabeça, as músicas de Batata ficaram lá, rodando, rodando....parti de minha rua, num vôo até a lua....no meu foguete particular...

Tenho dois capítulos prontos. Até agora, Batatinha soa como um velho conhecido, quase um amigo. Sinto falta dele, imagine? É muito doido envolver-se assim na vida de alguém.

Descobri que contar a história de um personagem é, de um certo modo, fazer parte de sua vida.
No momento, vivo um pouco a vida de Batatinha.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Era uma vez uma jornalista

Contagem regressiva e um capítulo pronto. O livro desencantou, enfim. Agora tá indo.

***

A minha primeira entrevista, na faculdade, foi estranha. Eu tinha que fazer uma matéria para uma disciplina de redação, uma coisa boba. Era lá no Lobato, um bairro da periferia de Salvador. Eu devia ter 18, 19 anos. Queria mudar o mundo.
Tá, não faz muito tempo.
Me lembro de como eu estava com medo. Falar com pessoas que não conhecia nunca foi um problema pra mim, mas, definitivamente, fazer matérias, eu não queria, não gostava, não era a minha.
O bairro estava com um problema de água. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento simplesmente tinha dito que havia feito o trabalho de saneamento básico daquela rua, mas, na verdade, colocou uns canos e alguém levou o dinheiro embora. Me lembro como aquilo me deixou indignada. A moradora que entrevistei me disse que, num dia de chuva, uma enxurrada de esgoto entrou em sua casa. Aquilo me deu um desespero tão grande, tão grande, eu simplesmente queria resolver o problema daquela mulher. E não sabia como; talvez na minha ingenuidade tardia, tivesse a esperança de que, com meu texto, pudesse fazer alguma coisa.
Entrevistei todos, falei que tentaria ver o que fazer.
Liguei para a Embasa naquele dia, todos os funcionários com que falei ignoraram-me solenemente. Fiquei arrasada por não poder resolver o problema daquelas pessoas. Chorei, revoltada pela inutilidade da minha profissão: todo o tempo, via os malditos escreverem sobre os problemas dos outros, mas não sobre o que aconteceu depois, o que aconteceu com aquelas pessoas que, no estado de miséria em que se encontravam, foram motivo de matérias em jornais.
Eles não pensavam nisso.
Nem mesmo o meu professor de redação (número tal).
Depois daquele dia, várias vezes me vi em situações onde queria ajudar meus entrevistados. Mas, impotente, não podia fazer nada. Meus textos eram inúteis, serviriam apenas para nota, a maldita nota.
Evitei, então, durante todo o curso, fazer matérias. Escrevi crônicas, desenhei, escrevi reportagens sobre muitos temas. Mas evitei os assuntos que me traziam dor; as pessoas por quem não podia fazer nada, de quem só poderia extrair histórias.

***

Me formo, daqui há poucos meses, com a sensação de que, blá, tenho um ensino superior completo, mas que não sou totalmente jornalista. Não tenho vontade de correr atrás da maldita notícia. Não tenho a pressa dos jornalistas habituais, nem o ego deles. Não quero escrever sobre as mazelas da minha cidade, do estado, sei lá, com o olhar de quem está no papel de analisar, apenas.

Eu quero, sempre quis mais. Por isso escolhi o desenho. Posso retratar o que quiser, do modo que quiser. Ontem terminei de ler Maus, do Art Spiegelman. Ele simplesmente conseguiu contar a história dos seus familiares nos campos de concentração da Europa num livro em quadrinhos. E ganhou um (ou dois?) Pulitzer. O outro livro que leio, agora, conta a história dos conflitos na Palestina. Em quadrinhos.

Poucos meses para eu me formar em Jornalismo. E, na verdade, precisei de cinco anos pra descobrir que não quero ser jornalista.

Sou muito mais feliz com o desenho. Sinto que posso desenhar algo que signifique, que represente algo. Que seja útil, importante para mudar alguma coisa.

Por enquanto, estudo bastante desenho. Enquanto não posso ainda desenhar grandes histórias - ainda não tenho habilidade suficiente - escrevo-as, imagino-as. E já estou muito feliz, imagine.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Quando você muda tudo

É muito engraçado. Quem lê os meus posts velhos e, aos poucos, segue até os dias de hoje, percebe que alguma coisa mudou.
Eu percebo.
É muito difícil provar para alguém, além de você mesma, quando grandes transformações acontecem assim, internamente. Quando grandes coisas acontecem e modificam tudo o que você acha que conhece, o que você acha que acredita. Eu não quero que as minhas ações, como ir embora de Salvador, por exemplo, provoquem polêmica em minha família. O problema é que existem momentos em que algumas decisões precisam ser tomadas, para que os meus (e os pais de todo mundo) comecem a acreditar que sim, a gente cresceu.
O problema maior ainda é quando você é criada com a idéia de que vai dar tudo errado. De que as coisas vão dar errado, que nada funciona, a não ser que todo mundo aprove. E eu tenho o meu maldito histórico de relacionamentos ruins. Então, as pessoas jogam isso na minha cara, como se, mais uma vez, tudo fosse - como dizia Rita Lee - virar bosta. Pois eu digo não pra esse maldito pessimismo. Digo não para as neuras, para os dramas. Quero a vida bem mais simples. O que não significa que eu não saiba que terei de enfrentar a busca por emprego (de novo), as contas de luz, de água, de telefone. Problemas financeiros, planos de saúde, coisas que eu nem imagino ainda. Mas eu acredito que as coisas podem funcionar. Não porque vivo num conto de fadas....

Acredito porque quero. Porque acreditar é, unicamente, saber que eu escolho uma vida diferente, que faço as coisas não porque elas são o caminho mais fácil. Mas porque são o caminho que QUERO em minha vida. Vou viver a vida que quero. Não a vida que as obrigações e as dificuldades escolherem pra mim.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Coisas que eu não gosto de descobrir

Show do Beirut. Pra resumir, pessoas bêbadas em cima de um palco, cantando embolado e tal. Nada de interessante, como eu já previa.
Daí, também como eu já previa, encontrei meu ex. Conversamos pouco. Na verdade, eu falei, ele ouviu. Foi bom: me lembrei de um tempo em que aquela pessoa dizia que eu era o chão dele, a vida dele, que eu era tudo, que iria viver para sempre comigo. Agora, não fala mais de duas palavras; até mesmo essas com olhar blasé.
E me olho, vejo a minha atual situação. Não sou mais a "moça" iludida, definitivamente. Quando ouço coisas como aquelas, imediatamente meu interior dispara: cuidado. Não se entregue, não vá tão longe. E até onde ir? Em que momento parar, refletir?
Hoje, vou andando, enquanto as coisas estiverem tranquilas, boas como estão. Preciso confiar mais nos outros, aquele rapaz de antes destruiu minha confiança nos outros. Eu olho tudo com cara de "sim, isso é só agora", mas devia olhar com cara de "e daí? o que eu perco em aproveitar?" Sei quando devo partir, se devo partir. Sei que posso abandonar o navio se notar que vai ficar como antes, se esfriar como antes. Antes mesmo de entrar na paranóia. Aliás, nem sei se entraria na paranóia. A minha visão simplista das coisas diz somente "TÁ, PRÓXIMO, POR FAVOR" e não "Óh, céus, eu vou morrer sozinha".
Se for, se tiver que ser mesmo, vai ser, quer façamos planos, quer não façamos. Aliás, não adianta nada fazermos planos que não sejam para o dia seguinte, para a próxima semana, ou que não sejam metas a serem atingidas sem envolver a vida de nenhuma outra pessoa (sentimentalmente).
Façamos planos, even so. Se eles não se realizarem, eu sei que, disso, não morro.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Viver com medo...

Engraçado demais: publiquei o texto abaixo num blog em 2005. Nada mais no blog faz sentido para mim, exceto isso, esse pequeno texto. A vida dá voltas mesmo, né verdade?
Coisas inacreditáveis, parte única-A vida é muito engraçada. A pouco tempo atrás ela parecia mesmo uma piada de mau gosto, dessas que todo mundo ri menos você, mas é um fato que a felicidade é um estado de espírito. E é divertido estar feliz- parece óbvio, mas é um fato constatado por poucos-pior- alguns acham mais interessante a constante deprê. Fui uma pessismista de carteirinha. Hoje tenho só meu pé atrás. Qual é a graça de viver a vida o tempo todo se protegendo, enchendo o joelho de curativo antes mesmo de se machucar? Chega um ponto na vida quando perde a graça ficar o tempo todo recuando, o divertido é meter a cara, mesmo que leve uns tapinhas de vez em quando. O divertido é se entregar aos objetivos, às possibilidades de conquista, de vitória. E se houver derrota, faz parte. Viver com medo é viver pela metade.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Adão é foda ou Vá fumar pra lá, caralho!





















Sério. Vou sair pregando isso por aqui pela cidade.
Hmm...talvez não.
Mas é foda, MEGA foda. A lógica mais lógica desde as aulas de matemática do terceiro ano (óbvio que eu não prestava atenção, então lógica, naquele tempo, era algo dentro da área de gramática, que significava raciocínio racional e prático ao interpretar....ah, que se foda!)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Era uma vez o "será"

Será que vai dar tudo certo? Será que vai durar? Será que os planos se concretizam? Será? Será?Serááááááááááááá?

Hummm....
Isso ERA a minha cabeça, idos de 2006,2007,2008.

A minha cabeça HOJE:
Quem perde sempre é quem ME perde.


Metida a besta? But true.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

AAAAAAAAAAAauhauahuahauhauhauahuaha








Só tenho uma coisa a dizer: ahahuahauhauahuahuahauhaua , ahuahuahauhauhauahuahuahauhauhau, ahuahauhauahuahuahauhauhauhaa.

Sinais claros de descontrole

Você está com aquilo que chamam de Síndrome do Transtorno de Ansiedade. Ela disse, sem delongas.
Eu não conseguia respirar, era estranho. Olhava para os lados, não via muita coisa além do que o meu pensamento queria que eu visse. Não falava nada que não me fizesse chorar.
Um ano, desde então.

***

Aquela cena ecoa em minha mente, em algum momento do dia.
Transtorno...traaaanssss toooorrrr nooooo.
Fantasma quase que sob controle. Às vezes, fora do lugar. Às vezes, aquela mulher dentro da minha cabeça me grita.
Perca um pouco da ausência de fé!
Retiro-me do avesso do que fui, sento em algum lugar, leio, reflito pela milionésima vez.
Não há um só dia que me faça esquecer.
Sem coitadas, doidivanas, enlouquecidas.
Um descontrole comedido, que me fazia falta. A falta era de ser um ser humano, muitas vezes.
Hoje, sinto que sou um ser humano. Que erro, que espero, que anseio.
Que ainda olho as horas, espero um envelope, alguma coisa.
Mas, não sei. Espero....tranquila.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mais quatro meses e BUM!

Tá chegando a hora....

Acho que vou sentir falta de tanta coisa....e tenho CERTEZA das coisas que eu não vou sentir falta.

Da péssima imagem que deixo no meu trabalho, por mais que me desgrace de trabalhar para não parecer incompetente e infantil.
Da grosseria e implicância de minha chefe, me tratando como criança, independente de como eu me comporte.
Das inimizades que alimentei; algumas, involuntariamente, outras, por merdas que fiz.
Do Pelourinho.
Do calor de Salvador.

Ah, também tenho CERTEZA de que vou sentir saudade de algumas coisas daqui:

Da minha família, dos aniversários que vou ter que dar parabéns por telefone.
Dos meus amigos, das risadas absuuurdas que dou com eles.
Do meu fofoo... (:*) que eu nem acreditava que fosse encontrar a essa altura do campeonato.
Do Pelourinho.
Do calor de Salvador.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

And again, and again, and again.....

Quando eu entro em um relacionamento, depois de tudo o que me aconteceu, fico com medo. Geralmente, quase que 100% na defensiva. Flashes da minha antiga e tempestuosa tragédia amorosa me tomam de assalto sempre que minha cabeça se obriga a notar que "bem...isso já aconteceu antes"...
Não dá para esquecer. Meus amigos, minha família, ninguém me deixa esquecer. Muitas vezes, são as situações, as situações que se assemelham.

Será que eu já sei onde tudo sempre acaba?
Será que a minha cabeça condicionou-se a pensar que sim, tudo acaba?

Estou cansada. Cansada de lutar contra meu passado, contra os malditos fantasmas que me obrigam a acreditar cada vez menos nas pessoas. Eu não queria desistir de acreditar, mas sei que há uma espécie de comportamento comum, que reconheço. Automaticamente o meu corpo detecta que está tudo errado. De novo eu me entrego demais, de novo eu confio demais.

Não posso cometer o retrocesso.
Não posso.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma história qualquer - parte 4

- Sabe qual é o problema?
- Diga.
- Você não entende nada.
- Han?
- É! Eu acho que a música ficou muito longa quando Chico engata “Construção”.
- Ah, eu achei legal. Duas músicas bacanas juntas.
- Bacanas?
- É.
- De onde você tirou “Bacana”? De alguma novela dos anos 80?
- Por que Caetano pode cantar que algo é “Superbacana” e eu não posso falar “Bacana”?
- Porque ele cantou isso na década de 60?
- E qual o problema? E se eu começasse a falar “supimpa”?
- Ai, deus, que retrocesso.
- Retrocesso foi você voltar à “Você não entende nada” só pra falar que “Construção” não devia estar junto com “Você não entende nada”!
- Mas repare, a música fica grande e depois da segunda vez que você ouve, enjoa!
- Eu, sinceramente, não acho.
- Como é possível?!?!?!?! Ah, você nunca concorda comigo, Glauco.
- Laura, meu bem, qual é o seu problema?
- Hum...Eu sei qual é o meu problema.
- Hum, tô ouvindo.
- Acho que eu preciso ter mais coisa pra fazer; pra parar de ficar pensando em tanta coisa inútil.
-...
-...
- Erh...supimpa.

____________________________________________

- Não sei se eu gosto tanto de balada esses tempos, Glau.
- Por quê?
- Acho que estou ficando velha.
- Ai deus, crise existencial agora não.
- Não, é que, veja só, olha essas rugas aqui! Isso é de ouvir música eletrônica extremamente alta e agüentar cigarro perto do meu cabelo.
- Laura! Cale a boca e vamos dançar, vamos.
- Nossa, você está tão hetero hoje, Glau. Tô magoada. Você não está vendo que eu estou passando por uma fase de transição?
- Transição? De uma bailarina chata para uma velha bailarina chata? Até o nosso papo envelheceu, se você quer saber.
- AH É? VOCÊ QUER VER UMA NOVA LAURAA?
- Não grita, não grita...
- Então TÁ!
- Pra onde você vaiii?!?!?!?!?!

_ _ _

- Aiii....
- Tá vendo...você quis dar uma de menininha.
- Aiii... fala baixo....
- Eu? Ah, querida, eu pre-ci-so te lembrar das coisas que você fez ontem...
- O quê? Aiiii....
- Quer que eu te conte qual parte? A que você mostrou os peitos? A que você quase apanhou de uma mulher quando se jogou em cima de um casal se oferecendo pra um ménage?
- Eu o quê? Ai.....
- Peitos, gata....peitos....
- Por favor....
- Menina, o melhor ainda está por vir.
- O que foi que eu fiz?
- Subiu no palco pra cantar...
- Dessa parte eu...
(os dois) – What a feeling...
- Mania desgraçada de achar que faz parte do elenco de Flashdance…até a corridinha você fez.
- Por favor...
- Já sei. Mais um lugar que a gente não vai nunca mais.
- Aiii...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quando você descobre que envelheceu

É, uma hora a gente tem que ficar velho. Assumir responsabilidades gigantescas que nem mesmo a gente sabe se dá conta. Precisa reconhecer os próprios erros e limites, reconhecer as próprias necessidades , pesar as coisas e, enfim, tomar decisões que não são medidas por impulso, mas por reflexão. Você envelhece quando passa a reconhecer o que é "chato mas necessário".

Quatro meses até a maior mudança que já aconteceu em minha vida. Nesses quatro meses, enfrento um desafio: o de surpreender até a minha pessoa, fazendo algo que, eu sei, estrapola quem eu acredito que sou profissionalmente.

Mas, se eu já não tivesse feito isso antes, ao diagramar "acidentalmente" uma revista na faculdade, não teria descoberto o design, os quadrinhos, o prazer de desenhar, de colorir, de inventar.

Agora tenho que me encontrar um pouco na profissão que escolhi há cinco anos atrás e que, também por acidente, descobri que não é a minha: o jornalismo. Chato. Mas necessário.

domingo, 26 de julho de 2009

Ah, a modernidade.

Estou lendo o livro de Ruy Castro, Chega de Saudade. Enquanto passo certas horas trancada no quarto, numa reclusão por vontade própria, vou me envolvendo numa época que eu, particularmente, acho sensacional. Não que eu ache que estou na época errada (tá, eu acho, mas não sofro com isso), é só que, como já cansei de dizer por aqui, não acredito em todas as coisas que a juventude da minha época acredita. Como sempre, enquanto cantarolo as músicas de João Gilberto em Minha Cabeça, ou as de Tom Jobim, ou as de Vinícius, alguém me rersmunga para que eu transfira para os meus desenhos as músicas que todo mundo conhece. Vivo numa época onde ser boêmio é, na verdade, sair enlouquecidamente drogado e bêbado, arregassando carros e trepando adoidadamente.
Talvez essa seja uma das minhas razões para o cansaço. Não tenho mais tanto convívio social, aliás, resigno-me ao convívio suficiente do trabalho do dia-a-dia, porque é quase obrigatório. Permaneci com poucos amigos, com quem falo sempre, mas que vejo esporadicamente. É que me cansam as regras sociais de convívio: você não pode falar alto, não pode dizer o que está pensando e, de quebra, no mundinho em que convivo, tem que se fingir um exímio conhecedor das porcarias clássicas, sejam do terror, da comédia, do jornalismo, do rock, de qualquer caralho que apareça. Haverá um clássico de escândalos políticos que eu não deva saber? Ah, minha memória precisa acalentar as coisas do trabalho, que me ocupam um espaço tremendo na cabeça, os afazeres de final de graduação, as coisas dos meus projetos, as regras de convivência com os outros seres humanos...é muito cansativo viver em sociedade.
Muito engraçado que, depois da atomink, comecei a gostar muito mais de conviver comigo mesma. Sentar no meu quarto, assistir friends e costurar até deus sabe que horas, depois ler um bocado e, finalmente, dormir. Não faço questão de sair com quem quer que seja, que já não conheça há, pelo menos, uns dois anos, para não me dar o trabalho das piadinhas de sociabilidade e de reconhecimento, das perguntas de "onde você é", "pra onde vai". Quanto aos homens, continuo, modéstia a parte, bem sucedida no que diz respeito aos affairs. O problema é que não tenho mais paciência, nenhuma, quase, para aturar o convercê que antecede as reais intenções do rapaz. Aliás, não tenho paciência para ouvir "nossa, você tem olhos lindos" ou "como é que a gente faz para se conhecer"?
Conhecer, para mim, nos dias atuais, significa conhecer novos parceiros de trabalho, alguém com quem eu não precise "puxar conversa". Estou farta dos homens que acham que podem conquistar até um tapete com aquelas cantadinhas patéticas: "e aí? eu queria conhecer você melhor" ou "vamos ficar mais à vontade?". Posso dizer: já ouvi isso umas vinte vezes, senão mais, este ano. Atualmente, como já sei quais pérolas vão aparecer, desconverso. Me contento com a diversão de prender o olhar do rapaz, porque eles não resistem a uma boa olhada, é engraçado; começam a gritar por seu telefone. O que, obviamente, eu finjo não ver.
Não posso deixar de confessar que vejo pouca graça nas musiquinhas "inovadoras" da minha geração. Confesso também que usar meias listradas era meu hobby antes de se tornar uma coisa cult: eu estava assistindo um clipe novo de Pitty, quando vi lá no fundo da tela umas meninas com os mesmos cortes repicados, meias listradas e blusas fofoletes, dançando. Não acho que precise disso para qualquer coisa, essa asneira começou porque, neste século, não há parâmetros a serem quebrados, a não ser o desespero das pessoas por inovar. Por mim, voltava-se a fazer baiões doidos, sambas que não precisassem necessariamente de cantores descalços no palco (tipo Maria Rita, que quer a todo custo afirmar que faz samba, como uma menina de cabelos escovados tenta provar que seu cabelo já nasceu liso) ou de gente cantando "eu faço samba" ou qualquer coisa metalinguística do tipo.
Pra mim, não muito longe como John Zerzan (se se escrever assim), com aquela história do primitivismo, a salvação da música seria algo assim, como um João Gilberto. Um excêntrico apaixonado por seu violão, que trancava-se no banheiro porque sabia que a acústica de lá era melhor. E saia com melodias espetaculares. Mas ele não usava munhequeiras, moicano ou sobretudo. Era só um excêntrico tocando em boates, fazendo parcerias. Porque todo mundo hoje tem que parecer diferente?
Eu estou com preguiça de fazer tudo isso. De fingir que não falo arrastado, de fingir que sou uma mulher alternativa e que REALMENTE faço questão de andar com a corja culturete do rock baiano, paulista ou de qualquer ebó. Pra mim, do alto dos meus poucos 23 anos, já deu dessa "finjança" toda. Não gosto de Mallu Magalhães não por ela tocar mal, ela é um prodígio, deve ser. Mas por ela insistir em fazer parte dos listradinhos cheios de excentricidades públicas. Não vou com a cara de Marcelo Camelo não por causa dos Hermanos (que também não gosto), mas porque ele se acha tão superior, tão alternativo a não sei que merda, para ficar fazendo faminha na MTV. Minha geração é tão inocente.....acha que está mudando o mundo por cortar o cabelo para parecer eternamente bagunçado, ou por usar all star.
Somos todos uns babacas.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma História qualquer - parte 3

- Não dá, assim não dá. As lésbicas dessa cidade desapareceram! Qual é o problema? Como elas arrajam namoradas?
- Pra que esse desespero, mulher?
- Ah, você é gay, se quiser um namorado, tem quinhentos só andando pela Paulista. É fácil, reconhecível. Especialmente se você sair umas onze.
- Tá, mas deve ter lésbica por aí, alguma moça esperando por você.
- Quer saber? Cansei! Agora eu quero....homens mais velhos! Aqueles bem estilo, hummm..
- Francisco Cuoco?
- Não, besta, eu esqueci o nome dele, ééé...
- José Sarney?
- YOUCK! Você é uma bicha sem noção.
- Sapata indecisa.
- EU NÃO SOU SAPATA! EU jogo pros dois lados...
(risos)
- Tenta lembrar alguma coisa que o homem fez, pra ver se ajuda.
- Ele fez aquele cara, daquele filme...
- Boa, Laura, boa referência.
- Mas é! Aquele filme do 007, o último.
- Aqueeeeele homem? Ele não é velho. Coroa quer dizer cabeça branca ou umas ruguinhas, no mínimo.
- Tarcísio Meira?
- Não, não, sem exageiros. Eu me recuso a deixar você namorar com o Tarcísio.
- Ah, você vai me impedir como, hein?
- Nem vem, eu gosto de pau, quantas vezes preciso...
- Tá, tá, tááááááááá, tava só brincando. (...) Ou tentando te converter.
(risos)
- Já viu algum ex-viado?
- Eu não.
- E ex-lésbica?
- Já, eu.
- Aaa, tá. Você nem tocou numa vagininha, nunca, na sua vida. Só porque ficou interessada em mudar de ramo durante DUAS SEMANAS já se chamou de lésbica?
- Hm, tá, é verdade. Vagininha, Glauco? Você poderia chamar de qualquer coisa, chamou logo de "vagininha", assim, no diminutivo?
-Tá, tá.
Um pouco de silêncio e...
- Eu conheço um monte de ex-heteros, serve?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Coisas sobre as quais eu às vezes reflito

Há pouco tempo fiquei sabendo de uma história triste que, graças a um punhado de pessoas, teve um final feliz. A moça que me criou (junto com meus pais..rs), que trabalhou lá em casa um tempão, um dia decidiu morar em São Paulo, com um rapaz. Recentemente, na minha terceira viagem pra lá, minha mãe decidiu dar uma ligada para saber como ela estava. Ela atendeu um pouco estranha, minha mãe ficou preocupada e ligou pra família dela, que mora aqui em Salvador. Logo descobriu-se que muito tinha acontecido com ela e que, depois de alguns relacionamentos mal resolvidos, ela estava sozinha em Sampa. E o pior: depois de algumas investidas na tentativa de encontrá-la, a família descobriu que ela tinha surtado.

O final da história é melhor. Ela ficou um tempo em tratamento, melhorou e as irmãs a trouxeram de volta. Hoje falei com ela; estava muito feliz por ter voltado para Salvador. "O que você vai fazer em São Paulo? Vai morar lá?". "É", eu respondi. "Vou estudar, por um tempo". "O que vocÊ acha de morar lá?", ela perguntou. "Não gosto muito da idéia, mas vou estudar". "É, tem que ir com alguma coisa pra fazer. Lá não presta pra morar não. Morar é aqui. Aqui é o paraíso", ela me disse, com a voz sorridente.

Eu fiquei feliz por ela e um tanto reflexiva. É uma escolha difícil essa que fiz. Já tinha dito que morar sozinho em São Paulo é estar distante do mundo, estar realmente isolado. Engraçado que eu disse que, se demorasse mais um pouco por lá, ia acabar acreditando na invisibilidade que os paulistanos impõem a cada transeunte, ao ignorarem a presença uns dos outros na rua. Acho que ela, por um tempo, acreditou, perdeu a noção de si mesma. Ainda bem que a trouxeram de volta.

Quanto a mim, tive que escolher entre melhorar o que mais gosto de fazer (desenhar), fazendo o curso que eu tanto queria, ou ficar em Salvador, que no momento não tem nada a me acrescentar a não ser mais gritos da minha futura ex-chefe. Infelizmente troco o calor do povo daqui pela frieza do povo de lá.

Mas antes de enlouquecer (e espero não enlouquecer), eu volto.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Rascunhos de hora do almoço

A tablet é minha filha querida. Sério. Abaixo alguns desenhos feitos pra descontrair. uma hora crio uma história com eles.



Sobre quando as veias saltam à testa

Eu não ía chorar. A última vez que alguém me fez chorar não foi de tristeza. Foi quando meu pai se emocionou, no aniversário dele, e eu vi - pela primeira vez em 23 anos - lágrimas nos olhos dele. Por ter visto cena de tamanha importância na minha vida, chorei. E foi só. Não chorei por ficar só em São Paulo, ou por término de qualquer coisa, ou por algo que eu não tenha conseguido.

Mas me tomou de assalto. logo eu estava chorando, por tudo o que tive que aguentar tendo ou não tendo culpa. Pra mim já deu.

E o pior é que nem posso sair.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

É segunda e eu já estou cansada.

Aí eu fico com a cabeça pensando em música, pra controlar meu nível de paciência.
Alá, meu bom Alá.

(Pensa em Michal Jackson, Lila. Pra não bater em ninguém.)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Uma história qualquer - parte 2

- Aí ele me disse ‘ah, não damos certo, o sexo é bom, mas não damos certo’.
- Como assim? Ai, sempre essa dicotomia “bom sexo, péssimo relacionamento”. Como é que pode?
- Sinto te dizer, Lau, acho que sexo não é a coisa mais importante em um relacionamento.
- Você só diz isso porque é gay.
- Como assim? Antes de gay, eu sou do sexo masculino, cheio de testosterona, ficando de pau duro involuntariamente. E EU estou dizendo que sexo não é a coisa mais importante.
- E ele terminou com você assim, dizendo essas bobagens e indo embora?
- Foi.
- Poxa...e como você está?
- Péssimo. Afim de encher a cara. Vamos?
- Ah, mas eu trabalho amanhã, Glau.
- ...
- Ta, ta, tá bom.

**********

- Que diabo de festa é essa?
- Eu te trouxe pra uma festa gay, Glauco.
- Eu não queria uma festa gay, eu queria uma festa, pra encher a cara. Sabe quais as chances de ele estar aqui?
- Oi Glauco! Já tá na night, né?
- Oi, Jeremias. Tô, me divertindo bastante, aliás.
- Você já superou a fase “Marcio” da sua vida?
- Quem?
- Até parece que você esqueceu do meu melhor amigo.
- Esqueci. Aliás, quem é você mesmo?
- Grosso. Vou contar pro Márcio que você está arrasada, sua bicha fresca.
- Tá, Jerê.
- NÃO ME CHAMA DE JERÊ, VIADA!

*******************

- Você sabe que ele odeia que chamem ele de Jerê, Glau. O ex dele usava esse apelido.
- Ele me provocou, Laura, ele me provocou.
- E agora você está de beiço inchado. Que lindo. Vai dizer o quê no trabalho amanhã?
- Que eu beijei muuuuito e que, numa noite de sexo animal, meu novo parceiro mordeu minha boca.
- Tá. Você não faz sexo há uns dois meses.
- Ninguém precisa saber disso! Dançarina da Rua Augusta.
- Advogado viado.
- Tá, estamos quites. Um uísque?
- Gal? Roberto?
- Topa ouvir Nara Leão? Preciso de Barquinho pra descansar.
- Eu vou dormir, desse jeito.
- E você, por acaso, acha que eu vou trepar com você?
- Nessas condições? Com esse pau pequeno?
- Vire a esquerda, por favor. Pau pequeno? Você nunca viu meu pau, Laura.
- Vi sim, você fazendo xixi quando estava bêbado, lá em casa.
- Eu não tenho pau pequeno. Quanto deu a corrida, moço?
- Vinte e cinco reais.
- Tem sim, Glau.
- Ah, não me ofenda, é médio, ó.
- O que é um pau médio?
- Aquele que não machuca nem faz cócegas, o ideal.
- Por falar em pau, você gosta de ser o que come ou o comido?
- Hmm...digamos que se eu e você transássemos, nós dois íamos ficar esperando.
- Ah, tá, entendi. Mas qual é a graça de tomar no cu?
- Pra mim toda, querida. Você não tem próstata, nem vai entender.
- É, talvez. Mas o pior é ter que aturar heteros querendo comer minha bunda. É uma merda isso, porque eu não vejo nenhuma graça, os caras acham uma delícia e eu só penso quando é que vai começar a sair merda de lá.
- Pra mulher deve ser chato mesmo.
- Eu tava pensando... o que você acha de eu transar com uma mulher?
- Não vejo graça não. Eca.
- Ahhh, me apresenta suas amigas lésbicas, apresenta?

******************************

- Boa noite, gente.
- Boa noite!
- Olha só, o Glauco vai se atrasar (como sempre). Então eu mesma me apresento.
- Você é a Laura, a melhor amiga dele. A gente te conhece só de ele falar tanto de você.
- Arh...obrigada.
- Eu sou Júlia, amiga do Glauco do trabalho.
- E eu a Hana.
- E eu a Maria.
- Ai, calma, eu não vou lembrar o nome de todo mundo.
- E então, Laura, você faz o quê da vida?
- Eu danço.
- Na Rua Augusta?
- Já vi de onde o Glauco tirou essa piada.
- Como é que consegue pagar as contas, vivendo de balé?
- É, Laura, eu, que trabalho como jornalista na Folha de São Paulo, não ganho o suficiente para viver bem.
- Você escreve o que na Folha, Hana?
- Obtuários.
- Ah.
- Mas como você ganha a vida além de dançando?
- Só danço mesmo. E me faço de puta com Glauco como meu cafetão, quando estou precisando de um extra.
- !!!
- Não são vocês os cheios de senso de humor?
- Erh...
- Oi gente!
- Oi Glauco, estávamos conhecendo sua nova amiga Laura. Peculiar, ela, hein?
- Peculiar?
- Perguntamos a ela como vocês se conheceram.
- Aff, vocês não perguntaram nada!
- Nós nos conhecemos no meio da São Bento, depois de eu ter tropeçado em uma pedra.
- Que lindo. E não transaram porque você é gay...

Gargalhadas.

- Foi, eu achei a Laura uma delícia, mas eu gosto de paus, e ela não tem um pau.
- Graças a Deus.
- Mas então Laura, você é o quê?
- Eu já disse, bailarina.
- Não, não, lésbica, hetero...
- Ah, eu sou lésbica, definitivamente.
- O quÊ?
- Não sabia, Glauco? Adoro xanas. Venero. Na verdade, tenho um altar cheio de xanas de plástico lá em casa...
- Ai meu santo....
- Adoro também peitos caídos. Como os seus, sabe, Hana? Amo peitos caídos. E quando eles parecem pelancas, hummmm...
- Já chega, já chega, Lau....
- Ué, elas perguntaram...

******************************

- Pra quê aprontou aquela cena, Lau? Não pediu pra que eu apresentasse umas mulheres?
- Não as chatas, não as chatas, Glau!
- Eu não tenho muitas opções, sabia? Não conheço muita gente.
- Você é muito anti-social, ó céus.
- Eu? Não, não. Só que a maioria das pessoas que estão ao meu redor no trabalho são insuportáveis.
- Notei.
- De volta pros paus?
- Não, erh, ah. .

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Chiquinha, sim, Chiquinha entende nossa aflição.


Uma história qualquer.

Hoje me senti com uma imensa vontade de escrever alguma história, qualquer história. Então, lá vai.

Ouvir Gal Costa sempre me fez bem, sabe? Divino Maravilhoso era a música que me gritava aos ouvidos - "fique atento! forte!" - enquanto eu achava que deveria sucumbir às pressões tão bobas do dia a dia. Algumas vezes, por minha baixa estatura, confundia os prédios de São Paulo com gigantes arranha-céus que, a qualquer momento, pisariam em mim; um homem pequeno, enfiado num terno-e-gravata. Odeio essa maldita cidade, ela não acrescenta nada - além de dinheiro - em minha vida.

O pior é quando você sente que não pertence a lugar nenhum. Essa sensação me ocorre algumas..merda! Uma pedra, no meio da calçada da São Bento. Caí, por ter caído em meus devaneios idiotas.

- Posso ajudar?
- Han?
- É que te vi com o olhar meio perdido, sabe? Depois você caiu. Achei que estava morrendo ou coisa assim.
- Querida, você já imaginou que eu estivesse morrendo? Minha cara era tão feia assim?
- Não, erh, desculpe, é que sou exagerada mesmo. Hmm, você está indo pra onde?
- Almoçar, e você?
- Almoçar também. É que pensei...poxa, será que poderia convidá-lo para almoçar comigo?
- Claro, claro, sim, sim....

Andando, até o restaurante preferido de um dos dois...

- Então, no que estava pensando, tão distraído?
- Em como gosto das músicas de Gal Costa.
- Gal? Jura? Ahm, acho que ela anda muito parada agora. Preferia quando ela cantava que era Fatal.
- É, é como o Roberto Carlos. Saiu do Calhambeque pro Quando eeuuu estouuu aquiiii...
- Foi depois que a mulher dele morreu, como era o nome dela?
- Maria alguma coisa.
- Ahmmm. Ele ficou meio doido depois disso. Eu tenho certeza.
- Só usa azul, você viu?
- Engraçado, né, ele começou a aparecer loucamente por causa dos 50 anos de carreira. E Michael Jackson porque fez 50 anos e morreu.
- É, coitado....você acha que esse negócio de 50 anos esse ano é um número cabalístico? Tipo, dá pra apostar em 50?
- Não acredito em Cabala. Eu acho.
- É, nem eu. A Madonna acredita e não envelhece. Será que tem alguma ligação?
- A Madonna deve dormir no Formol.
- Será que ela conhece Formol?
- Você faz o quê da vida, por sinal?
- Eu? Hm, eu danço.
- Onde? Na Rua Augusta?
- O quê?
- Ahhh...eu tava brincando, você disse que meu olhar era de quem estava morrendo.
- Tá estamos quites. Eu sou bailarina.
- Daqui de São Paulo mesmo? Paulistanos não costumam conversar com desconhecidos na rua.
- É, eu sei, mas eu me sinto muito só nessa cidade. Às vezes preciso conversar com alguém.
- Mora só, por sinal.
- É.
- Eu também.
- Isso é um convite?
- ...
- Ah, desculpa, desculpa.
- Não, não é isso. Eu sou gay.
- Ó Deus, não acredito. Tinha que ser tão legal e gay?
- A maioria é. Quer tomar um uísque lá em casa?
- E se você estiver mentindo? E se for um hetero fingindo ser gay pra me comer?
- Uma bailarina não deveria dizer "me comer", sabia?
- Um cara gay não devia convidar uma garota pra tomar uísque em sua casa assim, tão depressa.
- É, mas os homens estão em falta.
- ...
- Ah, vai, é brincadeira...
- Que você é gay?
- Não, que quero te comer.
- Ah..
- Mas você é mega linda e..
- Mega?
- Tá, agora você confirmou que eu sou gay.
- Sim, é né.
- Mas então. Eu até me senti atraído por você.
- E por que me contou que era..
- Sou.
- Que é gay?
- Força do hábito.
- Vamos comer lá em casa?
- Tá. Restaurante longe pra cacete.
- A estação é logo ali. Bom que você conhece minha gata, ela é
- Ah, você é lésbica?
- ...
- Mau humor, hein?
- Olheee, não vá me matar no caminho.
- Hey, você já olhou pro meu terno e pro meu tamanho? Mato baratas porque elas ficam rodando feito loucas e eu estou numa posição melhor.
- Odeio baratas. Nana come todas.
- Sua gata?
- É.
- Então tá, tem o que pra comer lá?
- Miojo, moro só.
- Ah...tudo bem. Tem disco da Gal?
- Ô se tem.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Às vezes, desabafo.

Poxa, eu andei tanto hoje...fiquei pensando, como nunca mais tinha feito, no modo como, atualmente, levo a minha vida. Hmm
Eu nem sei por onde começar, ou talvez saiba. Da "moça" que existia, de fato, não sobrou quase nada, além das características mais difíceis de deixar de lado. Não, não sou mais emocional. Eu diria que me tornei reflexiva, mas uma reflexiva racional. Tenho dificuldades em dizer não, tenho. Minha palavra, aquela que diz "vou parar de fazer tal coisa", é uma fraude, uma fraude tão grande que nem eu mesma acredito quando digo que "a partir de hoje blablabla".
O que aconteceu nessa história toda é que, de tanto me dizerem que eu sou uma piada, acreditei. Não só acreditei, como levei adiante, confirmei. Fiz de mim mesma uma mulher-piada.

Não cumpria nenhum dos meus compromissos, no passado. Luto diariamente contra isso em minha cabeça, luto contra a preguiça de ir adiante e enfrentar toda a confusão que é levar algo adiante. Luto contra a voz dentro de mim que grita "pare! fique em casa!", quando tenho zilhões de coisas pra fazer. E acabo cansada de travar essa luta comigo mesma, sempre e sempre e sempre...

Hoje me disseram que não sou competente - não como jornalista. Respirei fundo e aceitei a crítica. Ela está certa. Não sou boa nisso. Será que serei boa no meu trabalho de conclusão de curso? Será que farei tudo certo? Acho que as pessoas não confiam em mim como profissional. Aliás, nem sei se as pessoas confiam em mim, at all. To-dos os dias imagino o zilhão de coisas que quero fazer, em contraste com as coisas que posso fazer agora. PEnso também que, neste momento, faço mais coisas do que jamais fiz.

Mas, e aí? Ainda sou uma criança perante outros? Ainda faço o perfil de "garotinha desvairada" que serve apenas para entreter?

Preciso convencer primeiro A MIM MESMA de que posso fazer todas as coisas que quero.
E, depois, fazer. Os que acharem que eu sou uma criança lerda e engraçadinha que se fodam.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Luxo e volúpia

Consumindo quadrinhos do Adão.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Color Play


Só pra não dizer que parei de criar.

Uma mocinha desesperada. Mas que diabos! Máicou morreu?






Geração Cocô.

Ontem fui assistir Loki, uma biografia de Arnaldo Baptista. Enquanto mergulhava no universo dos Festivais da década de 1960, nos shows dos Mutantes e na vida deles, acabei mergulhando também em uma outra atmosfera. Eu não estava lá, eu não vivi nada daquilo: não fui ao festival de 67, onde Gil tocou pela primeira vez "Domingo no Parque" e apresentou os Mutantes ao mundo. Não vi os Mutantes cantarem Panis et Circenses ao vivo, com a Rita Lee com um coraçãozinho abaixo do olho.


Não vi nada daquilo acontecer, a não ser pelos vídeos mal filmados do you tube.
Saí de lá levemente nostálgica. Engraçado...como posso ter nostalgia se não vivi nada daquilo?


Saí com a sensação de que a minha geração é uma bosta. A geração que não liga pra política, caga a música, tentando ser diferente, posando de diferente. A minha geração preocupa-se muito mais com o corte de cabelo que faz e com a cor do all star que usa que com o que fazer pra mudar alguma coisa.


A minha geração preocupa-se mais com o cigarro pra posar de alternativa que com o pensar diferente. Uma fábrica de gente sem graça, com o cigarro na boca, perguntando porque você não fuma maconha ou usa LSD, que quer aparecer e nem mesmo se preocupa com o outro. Que merda de gente é essa que faz questão de gravar nomes de diretores de filmes e esquece de prestar atenção nas pessoas ao redor?


Sinto saudade de uma época que não vivi. Talvez os doidos fossem a minoria, a minoria que aparecia na TV. Mas sabe? Estamos todos desnorteados. Os jovens cantores enloquecem cedo (é, porque Amy Winehouse, antes de ficar famosa já estava doida), as bandas são cheias de posers tatuados que, na verdade, não sabem nem o que estão fazendo.


Volta e meia eu penso no que fazer agora, já que, na verdade, a solução não é uma questão de inovar. Acho que é parar de tentar inovar. Parar de tentar ser diferente. Acho que minha vida ficou muito melhor depois que eu parei de fingir que não gostava de coisas comuns, como novela e BBB, só pra dizer que era alternativa. O melhor presente que eu dei para mim mesma foi ser só eu, não uma conjunção de elementos televisivos que indicam que uma pessoa é radical ou diferente.


A minha geração QUER ser mutante. E, na verdade, é elenco da Turma do Didi. QUER inovar na música. E joga para o mundo um monte de gente que só faz usar drogas, beber e posar de cult, até que some, para que uma outra celebridade faça a mesma coisa e suma. As mulheres da minha geração são tão independentes quanto a mulher melão. Tão cheias de opinião quanto as coelhinhas da playboy. Tão musicais, diferentes, feministas...são todas, logo, não é nenhuma. Ninguém é diferente, afinal. Todos são coloridos e tem cortes de cabelos espetaculares no meio da avenida paulista. Diferente mesmo é o que não está tão diferente assim.


Todas as bandas de rock tem homenzinhos com as unhas pintadas de preto. Tatuados até seus paus. Bêbados, fazendo propaganda de tênis. Todos iguais. Todos em seus carros, cada um com um. E dentro dos carros, ar condicionado, para que fechem as janelas, sons de bandas de rock clichê ou de cantoras "alternativas" de emepebê. Ninguém olhando pro lado.


Piada é ver como todo mundo se acha independente. Morando na casa dos pais depois dos 30, saindo só pra casar, engravidando aos 20, usando alianças do tamanho dos próprios dedos.
Faço mesmo questão de manter meu sotaque baiano, de não saber nome de porra nenhuma do meio cult. Gosto do que gosto, não do que tenho que gostar por ser jornalista. E mesmo que me digam que o fato de eu não servir ao estereótipo "alternativo" que obrigamos uns aos outros a ter faça de mim uma "doidinha", "infantil", para isso, eu não digo nem "foda-se".
Gosto de pensar como o amigo do Arnaldo Baptista disse no filme. Ele disse que o Arnaldo tem parafusos soltos e isso é bom. Porque parafusos muito apertados arruinam a engrenagem. Tenho os meus parafusos soltos, me orgulho disso. E ponto. Nem a São Paulo mais cinza do mundo tira isso de mim.
E uma outra certeza: cada vez mais faço menos questão de pertencer a um grupo. Seja ele o grupo dos que usam all star, o grupo dos jornalistas cult, o grupo dos revolucionários alternativos ou mesmo o grupo dos que não sabem o nome do grupo. Vou desenhando....em telas, em qualquer coisa que me faça feliz.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Eu desenho, tu desenhas, ele...

Tirinha do Laerte.

Uma coisa é engraçada: meu ex namorado, além de ter me ajudado a ser a pessoa doida e um tanto fria que sou hoje (e que adoro ser), me jogou para dentro do universo do desenho. Naquela época, eu, uma dependente daquele relacionamento, mulher magricela, ansiosa e neurótica, diagramava livros e assistia ele ilustrar os livros que eu diagramava. Certa da minha incapacidade para o desenho, tudo o que era para ser ilustrado eu atribuía a ele. Quando terminamos, mandei para a cucúia minha insegurança: senti vontade de assumir o meu gosto por desenho, minha vontade de aprender.

E me apaixonei perdidamente pelo ato de desenhar.

No início, acreditei que estava fazendo aquilo tudo só pra ver se conseguiria ser melhor que ele. Talvez até tenha começado assim, uma vez que as minhas primeiras tirinhas, antes dele, eu não levava muito a sério, não pensava em fazer isso profissionalmente. Depois de tudo, eu passei a tentar melhorar. Primeiro, pra mostrar pra alguém, pra alguma coisa que eu estava melhorando. Depois, aquilo se tornou algo para mim.

Hoje é para mim que desenho. E para divertir os outros.

Thanx, ex-b.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Voltando já já....

Algumas horas pra pegar o avião. Dessa vez, vi Sampa de uma maneira diferente. Com olhar de futura moradora, um tanto menos romântico. As coisas são menos coloridas quando todos os pontos turísticos interessantes pra você já foram visitados. Ela vira uma cidade comum, uma grande cidade comum, com uma diferença, aquela sobre a qual já falei, não vou repetir.
Mas eu sei, agora eu sei, que vou sentir muita falta de baianos, de nordestinos. Até acho que vou sentir falta de suar, imagine!
Dá um cansaço ver tanta gente posando de gostosa....
Acho que é por isso que as pessoas se ignoram... rs

Acho que tô voltando quando tinha que voltar. Tô MORRENDO de saudade de Salvador. E do calor das pessoas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Há tempos que não sei o que é isso

Foi assim: chegamos na rodoviária. Ele estava com uma mochila nas costas, eu, com uma bolsa, o casaco. Sampa não está tão fria ultimamente. Ele chorou antes de subir no ônibus.
Eu me senti estranha.
Há muito tempo não sei o que é chorar por alguém. Nem sei quanto tempo significa o "muito tempo". Sei que fiquei paralizada, sem saber o que sentir.
Há algum tempo não sei o que sentir.
Seria uma sequela de tudo o que eu passei?
Acho que essa não é a pergunta ideal.
Será que eu QUERO voltar a sentir da maneira de antes? Visceral, como antes? Com toda a dor de antes?
Será que eu preciso fazer terapia para corrigir esse erro e voltar a ser alguém, digamos, sentimental?
Não.
Obrigada.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Três vezes sozinha em São Paulo

Três dias em Sampa. Five to go. Minhas mãos estão geladas, meu suco, minha água ficam gelados rapidamente. Geladas também são as pessoas por aqui.
São Paulo, além de concreto nas ruas, aplica concreto nas pessoas?
Acho que os que estão por aqui trombam uns com os outros porque é a única forma de notarem que outros existem nas ruas. Se não fosse por isso, conheceriam o chão, apenas, porque é pra lá que olham todo o tempo.

Eu jamais viria morar em São Paulo sozinha. Porque uma hora começaria a acreditar em minha invisibilidade. E desapareceria até para mim.

E deixaria de olhar até mesmo nos meus olhos.
É saindo da Bahia que a gente percebe como os baianos são únicos....Por uma São Paulo cheia de baianos. YÊAH!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Cantarolando!

Laerte!

Considerações de feriados

Eu nunca soube quando parar. Só agora vejo. Quando parar de desafiar meus pais e esperar. Acho que todo mundo passa por essa fase rebelde. Quinta feira comemoramos, a familiarada, o aniversário de 50 anos de meu pai. Puxa, como as coisas na minha casa mudaram. E justamente quando eu vou embora. Justamente.
As pessoas da minha casa envolveram-se numa nuvem de calmaria que eu espero que não passe. Nunca estivemos assim. Acho que aconteceu também porque eu comecei a ver o lado dos meus pais, não somente enxergar as coisas do meu jeito. E como, por muitas vezes, eles estavam certos, passei a relevar os momentos em que eles estão errados. E a vida segue.

E este final de semana terminei ( e entreguei) o PRIMEIRO trabalho que diagramo que ficou 99% perfeito. Ainda tive algumas falhas, mas corrigi quase todas, quase todas mesmo. É um sinal de que estou caminhando para um trabalho cada vez mais perfeccionista, tirando a imagem que eu tenho de mim mesma que nada que eu faça vai estar certo.

Saí de um feriado e vou entrar em uma viagem. Depois de amanhã, exatamente, vou para são paulo, no meu primeiro são joão na minha terra do coração (rima desproposital). O dia vinte de junho, ao invés de ser o que foi para mim no ano passado (a.k.a uma data ridícula, em que eu comemorava, com uma pessoa pior ainda, um ano de relacionamento. Como se não bastasse, eu fiz um escândalo, imatura que era, doente que estava, porque o pobre - é, as vezes eu era mesmo histérica - homem não me ligou durante o dia. Foi um dia horrível, eu estava horrível, neurótica, com o cabelo ridículo), será mais um dos dias que passo em São Paulo. E, se as coisas derem mais certo do que já estão dando, em Campos do Jordão.

Caxecol, luvas, casacos para mim! Que venha o frio!

***

E o dia dos namorados não poderia ter sido melhor. Muitos desejos de "feliz dia dos namorados" e minha comemoração à parte: diagramar um livro-reportagem para entregar no outro dia. Mas é sério: quando era mais nova, minha cabeça funcionava de outra maneira. Achava que o dia 12 de junho era importante. Hoje, não é que ele não seja importante, é que ele é mais um dia pra mim, só mais um dia. Não me considero mais uma pessoa romântica. E agradeço aos Deuses por isso.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

She's a diva.



We're all femme fatale.

Dado e Pedro se emocionam com ovelha


Eu não podia perder essa.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Latino diz: "Garanto que ela não tem seis dedos"


Tá no Ego.

Pausa:

hauaahuhauahauahuahuahauhau,
aaaaaaaaahauhauahuahauhauha,
aahuahauahuahuahauhauahuahau,
ahauahuahuahauhauahuahauauha.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A FAZENDA: Participantes elogiam produção

Ai, eu morri de rir aqui. O texto do Terra tá assim, ó:



Durante o primeiro dia na fazenda, os participantes aproveitaram para relaxar e conhecer o lugar. Rolou muita música no violão, cantorias e alto astral, alguns participantes preferiram ficar admirando a estrutura da fazenda, como foi o caso de Luciele, Pedro e Fabio.
Nesse bate-papo descontraído, os três foram unânimes sobre à infraestrtura do reality show. "Gostei desse lugar, fiquei impressionado", disse Pedro. Luciele emendou, "fiquei muito surpresa com a produção, muito!", e Fabio concluiu, "eu sabia que seria algo poderoso!"




Agora imagina Fábio falando isso e olha pra foto...

" Eu sabia que seria algo poderooosoo!"

A arte de ser cruel | Ivone é minha nova Flora



É triste, minha gente, mas eu revelo que simpatizo profundamente com as mulheres vilãs. Primeiro, foi Flora. Admirava sua linda capacidade de ser inteligente, perspicaz, incrivelmente elegante e sedutora. As mocinhas sempre são desajeitadas, dependentes de mocinhos e extremamente mal-vestidas. Blé pras mocinhas.

Ah...mas depois de Flora, uma outra vilã ganhou meu coração. Linda, bem vestida, aproveita dos bofes imbecis e ainda enriquece com isso.

Adoro.

Ivone é minha nova ídola. Tá, a bichinha é uma psico. Mas ninguém nega que o que ela fez com Raul é sensacional. Eu aplaudi de pé quando ela disse "Foi bom pra você?", com o babaca algemado lá, pedindo "Vem, vem logo, vem". A cara dele quando ela foi embora é simplesmente demais. E aquela roupa liinda que ela usa quando está falando com seu parceiro-no-crime. Sensacional.

E a miserável, quando o amigo dela diz que esse foi o pior crime que ela cometeu, diz: "Eu não fiz nada. É muito fácil fazer as pessoas acreditarem no que elas já querem acreditar. Eu só fiz isso".

Putaqueopariu. Na moral. Ivone rules.

Devia existir uma dessa pra cada babaca que se preocupa mais com um peitinho que com qualquer outra coisa. Pra esses playboizinhos que tratam a mulher como um pedaço de carne e acham que ela é só uma boneca inflável. Que nós somos seres que esperam, recebem ordens e pintos pra dentro, cozinham e procriam.

Foi bom bra você?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Emocionante! A Fazenda começa com fatos reveladores.

Bárbara Koboldt sorri ao chegar à fazenda

Manchete emocionante do blog do reality. Eu acho que vou morrer.
(pausa dramática)
Não parece a noiva de Chucky?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Eu não me acostumo, não me acostumo.

Há um ano atrás, o dia de amanhã seria estranhão. Estaria esperando ligações, viadagenzinhas no orkut. Esse ano, não quero nada. Não quero musiquinhas, nem presentinhos, nem abracinhos que não sejam dos próximos. Fico agoniada com pessoas que passam todo o ano brigando com você e , num piscar de olhos, te apertam e abraçam. Ainda estou agoniada, pra falar a verdade. Eu não me acostumo com isso. Acho que, num outro momento, em outra cidade, vou tentar corrigir alguns dos erros do passado:

1- divulgar para qualquer pessoa minhas particularidades;
2- acabar criando uma imagem que ninguém leva a sério. Não que isso seja necessário, mas não ser levada a sério é sinônimo de nunca ser respeitada, nem por amigos.
3- não saber quando calar a boca. Mas isso eu já estou corrigindo. Ou quase.

Coisinhas que se aproximam.

sábado, 23 de maio de 2009

É por isso que as pessoas se matam.



O pEor é que elas tem dinheiro pra fazer mais. Ai, alguém me afaste das facas!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Coisas que a gente tem que aguentar pra chegar lá.

Gritos. Começa com os gritos. Ouvir calada dói.
Em segundo lugar: aturar a falsidade de uns. Família meocu.
Terceiro: todo mundo é bonzinho nessa porra de área. Todo mundo se ama. Fábula hippie meocu.
Quarto: todo mundo critica o problema, ninguém resolve. Esse é o mantra da minha profissão.
Quinto: conviver com gente falsa TODOS OS DIAS. E precisar disso. Uó.
Preu fazer o que gosto, aiai....tenho que ficar em silêncio. Todos os dias.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Não resisti


Bafei do saiti da Chiquinha.


Pra entrar no clima.

Entre no climaaa, entre no climaa, entre no climaaa, jógaa, jógaaa!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lá vou euu, lá vou euuu...

Mais uma vez, caros fantasminhas, mais uma vez, vou pra Sampa! Estou tão feliz, mas tão felizzzz...amooo aquela terra maluca. Amo meaaaaxmo, tipo historinha de príncipe encantado e princesa. São Paulo, pra mim, é uma terra que pode até ser cheia de desigualdades, como toda terra é, mas pulsa de uma maneira que nenhuma outra consegue. É como se ela nunca dormisse, as pessoas nunca parassem de circular por ruas, vielas e avenidas gigantes. Como se você sempre tivesse um lugar pra tomar café, pra ver um filme. Ah...e o metrô...como eu me sinto livre com o metrô. Você pode andar da casa da porra até o quinto dos infernos em menos de 20 minutos, sem engarrafamento, sem estresse.
Pronto, tô em contagem regressiva. Para a Livraria Cultura, a Starbucks, o Teatro Gazeta, o Centro de Cultura de São Paulo, o Masp, o Ibirapuera...e todos os lugares que ainda não conheço, inclusive a minha futura escola de desenho.
Uebaaaaaa.....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eu e esse dilema de ser ou não séria

Tirinha do Laerte.

Tá, eu não nasci para impor coisas às outras pessoas, não nasci. Hoje, mais uma vez, me deram uns berros aqui. A diferença é que eu não tinha nada a ver com a história, acho até que pela primeira vez. E eu saquei que não importa o que eu faça, isso não vai acabar. Só quando eu sartar fora. Daí alguém me diz: "Isso é pra você rever o seu jeito de se portar aqui". Nossa, eu não consigo ser diferente, sabe? Não consigo tratar as pessoas de modos diferentes, a não ser que a diferenciação seja "quem eu gosto mais, conheço mais, e quem eu gosto menos, conheço menos". Eu até já disse isso aqui. Já disse também que o jeito de eu ser não interfere nas coisas que faço. Não me torna menos profissional. Ser uma pessoa menos compromissada com a "imagem de séria" não me torna menos competente. E, afinal, o que é ser séria? É gritar com os outros? Tratar os funcionários em cargos mais elementais como subservientes e abaixo de nós? É brigar com as pessoas? Parecer que está cheia de tarefas, correndo o tempo todo?
Se for isso, definitivamente, espero nunca ser séria. Essa seriedade patética nunca resolveu nada. Estamos todos aqui, nos enfurnando em reuniões e mais reuniões que geram absolutamente nenhum resultado. Todos os dias pessoas perdem os empregos, as casas, e nenhuma reunião, nenhuma postura arrogante serviu de nada para mudar isso.
Serve mesmo é para colocar a pessoa arrogante num pedestal de superioridade. E eu não sou superior a ninguém; dessa síndrome de "Buffy, a caça vampiros", "a escolhida", eu já me livrei quando abandoneio todos os tipos de religião. Inclusive, a religião dos "cultos e intelectuais".
Permaneço rindo deles.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eu que me formo, me questiono

Tirinha do Dahmer.
Ontem eu estava lendo a edição de abril da Caros Amigos. Ok, eu acho a revista uma coisa meio louca, no maior tipo panfletário. É todo mundo numa revolta gigantesca contra tudo; algumas vezes faz sentido, noutras chega a ser engraçado, quase como opinião de adolescente revoltado. Mas enfim...estava lendo a coluna de um lingüista (que eu esqueci o nome) de lá, quando vi uma coisa com a qual concordei plenamente. Já tinha pensado e escrito sobre isso, mas volto a falar sobre.
Basta começar com uma idéia básica: imagine uma redação, cheinha de jornalistas. Eles recebem uma penca de informações por dia; algumas são apuradas, outras não. Primeiro, o jornalista tem que pensar na quantidade de notícias que cabe num jornal, depois, precisa pensar no que vende, depois, no que é relevante. Tem que pensar ainda em como escrever sem ferir a política editorial da empresa para a qual trabalha, além do mais importante: cumprir prazos.
Antes da redação, tem a faculdade. Lá aprendemos um pouquinho de sociologia, um pouquinho de legislação, um pouco de web jornalismo, políticas, públicas, semiótica, teorias diversas...Mas não aprendemos, sobre um assunto específico, NADA.
Não sou especialista em ciências políticas, não sou designer, nem produtora cultural. Jornalismo é uma profissão que tenta resumir o que fazem as outras profissões, como funcionam as sociedades, para depois fofocar sobre elas. FOFOCAR. Porque o jornalismo porcaria dos dias de hoje comenta sobre tudo, finge que sabe de tudo, mas as coisas continuam aí, nada muda porque algum meio de comunicação decidiu mostrar que um bairro alagou, que um deputado roubou dinheiro. NADA MUDA.
E é por isso que me cansei da minha própria "raça". Porque os meus estão mais preocupados em saber os nomes dos jornalistas de outras emissoras, para criticá-los ou falar qualquer coisa sobre eles, do que tentar entender e questionar a realidade presente.
O tal lingüista disse que não somos especialistas em nada. Eu não faço nenhuma objeção.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fim de semana de feijoada, desenhos e bate-papo

Do Laerte.

Ah...muito feijão e bate-papo sobre técnicas de desenho esse fim de semana.
Eba.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ela canta o quê, meodeos?

Primeiro: essa senhora aí do lado é uma fã? Faz a linha "ah, é um peitinho em nú artístico, tô levando pra colecionar"?

Seria a mãe de Josi?

Porque se fosse, deveria estar fazendo a linha "Minha filha mostrou a chaninha pra ganhar dinheiro e fama e eu fiquei super orgulhosa com esse talento dela".

Porra, porque deve ser esse o ÚNICO talento da moça. Além de cair em passarelas. Afinal, alguém já ouviu Josi cantar ou só ouviu falar que ela colocou silicone?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Será que não foi isso o que aconteceu comigo?

De Nicholas Gurewith. Quase morri aqui.

É só como eu estou me sentindo, gente, nessa chuva.

Tirinha do Rafael Sica.

Sério. Tá tudo alagado nessa cidade.

E no que é que eles andam trabalhando??

Tirinha do Laerte.
Beemm, dia de overdose de vereadores. A minha curiosidade sóóóó continuou. Má-ô-ê, o que eles andam votando com o nosso dinheirinho da crise?
Beeemmm:
Teve um projeto de lei sobre fotos de pessoas desaparecidas nos ônibus de Salvador, outro sobre prêmio de motorista do ano aos motoristas de Salvador, outro sobre a criação do Dia municipal do Técnico em Radiologia, que eu não sei quando é, outro sobre reconhecimento dos eventos gospel como eventos culturais em Salvador. Tá, tem umas coisas interessantes. Tipo pedir ao prefeito os nomes, as localidades e os valores gastos nas 135 encostas anunciadas em propagandas do governo. Isso aí, fode o rapaz.
Mannss, porque eles trabalham tão pouco? O que eles fazem, de concreto? Votar coisas??
Hmm. Isso não vale um salário tão grande.

A gente muda de opinião, ué.

Porra, eu passei para dar uma olhada no site da Câmara dos Vereadores, aí me bateu uma curiosidade: e a Leo Crete, como é que anda lá?
Primeiro, não é Leo Crete, é Leo Kret. Segundo, comecei a perceber uma coisa: as pessoas estão tendo que aprender a lidar com uma outra pessoa, diferente, com uma transsexual. Que tirar fotos, que conviver com alguém que, provavelmente, em outra situação, sofreria muito preconceito (se já não sofre). Isso pra mim é sensacional.


E ela tá levando o negócio a sério. Além de os outros vereadores terem de ouvi-la, o que ela está fazendo é dar voz àqueles que não podem estar lá e que são sempre motivo de piada, simplesmente porque não querem ser o que nasceram sendo. Leo Kret é de Pernambués, não deve ser evangélica, o que pra mim é um lucro para a Câmara. E mais uma vez, quebrou um super tabu meu: percebi que ela estava, de verdade, levando a sério o que escolheu pra fazer.

Umas observações a fazer

Hum. Dias de chuva por aqui: ontem saí com uns amigos, comi um pouco (com gastos significativos...uááááá que nervoso). E desenhei. Desenhei muuuito, muito mesmo. Meodeos, minha mão estava completamente desesperada por desenhar mais e mais, maaais.. quando cheguei em casa, continuei fazendo. Agora preciso passar pro pc.
E notei que enxergo tudo em forma de ações que, se não posso transformar em textos, posso transformar em quadrinhos. Situações engraçadas, situações inusitadas...tudo vira motivo. E é disso mesmo que quero viver. De desenhar, de fazer piada dos problemas. Porque já tem gente demais criticando coisas e com a testa franzida, tentando discutir em reuniões intermináveis coisas que não vão pra lugar nenhum.
E o mais engraçado nessas pessoas, é que quando existe algum problema, elas não têm muita dificuldade (ou têm, mas fazem assim mesmo, por ser uma coisa "necessária") em prejudicar aqueles que já estão prejudicados. Quando um governo está em crise, fode com a cultura, que já está lenhada mesmo...quando uma empresa não tem verba, demite ou atrasa o pagamento dos funcionários que já recebem pouco e trabalham muito.
E é claro que nem os governadores estarão em crise, ou deixarão de receber gordos salários, nem deputados deixam de receber seus auxílios paletó, nem vereadores deixam de trabalhar só três dias na semana e ganhar dez vezes mais do que uma pessoa comum, pra votar "se podemos ou não ter o dia da bíblia".
Coisinhas engraçadas do nosso cotidiano. háhá.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Adooorooo...


Socorro! Estamoss...


Do Laerte.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Me dá uma novela, tio?

Vê se ela não tá com cara?

Céus. Ó Céus.


Maíra. Eca. Mion. Eca. Naiá. DEUS, O QUE É ISSO?

Faço uma pergunta muito feita por meus amigos, gente culta e inteligente.

QUECABELÉÊSSE?


Como vocês podem ver, o close foi cruel. Conosco. Você quaaase pode ouvir a Naiá falando " Né, Aná?".

Argh.

Pra entender o erê, tem que tá molequee..

.. U-erê-Ê.
POr onde anda Toni Varrido, gente? E quem escolheu ESSA roupa da Madonna? Fama tem limite, fama tem limite.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pré-ocupações

Ando pensando em como está a cabeça de minha mãe. Muito preocupada com ela, mesmo. Especialmente porque minhas tias resolveram despirocar, todas de vez. E sobrou pra minha mãe, que tem que ser o centro de tudo. Não pode, ela não pode segurar essa barra. Me preocupo muito com isso. Mais ainda quando eu for embora. E ainda tem o quesito "pai" na questão:
- aquela coisa de que marido, depois de 30 anos de casados, esquece que a mulher existe.
E eu fico aqui, sem saber o que fazer.
Sabendo que em janeiro, preciso ir.

domingo, 3 de maio de 2009

Demaisss

É a da Chiquinha, graaande ídola. E eu super agree com essa tirinha. Clica.

Ok!

MEU BLOG ESTÁ DE TOPO NOVO!
E eu tenho uma assinatura glam para PC.

:D

sábado, 2 de maio de 2009

A primeira da Fifi.


Mais depois, num blog só de quadrinhos. :D


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Mais um.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

A do dia.


Eu tinha que fazer algum desenho, néam. Vício. Essa é em homenagem à minha boca grande.

Morro de vontade.



Do Sieber.

Eu hein.



Depois me dizem "vai! tem filho, infeliz".

Eu achei isso no Allan Sieber.

De novo, beibe.

Abri meu email hoje e GUESS WHATT?!?!?!?!
Voucher de 100 reaUs da Azul, minha linda companhia Glória Perez (que faz Sampa parecer o translado Brasil-Marrocos de O CLONE).
SIMPLESMENTEEE o valor TOTAL das minhas passagens será de 173 reais. Eu disse 173 reais, amiguinhos.
Com taxas.
É nóis em Sampa de novo.

Ok.

Uma das grandes razões para eu estar contando os dias para ir embora dessa cidade não é o fato de morar com os meus pais, com meu irmão, nada disso. É a porra da mania que soteropolitano tem de meter o dedo na cara do outro e dizer o que acha que a pessoa é. Aqui, eu tenho dois estereótipos bem básicos, que não desgrudam de mim.
1- Irresponsável. Eu VOU esquecer de fazer as coisas, eu VOU esquecer de apagar a luz, eu NUNCA vou fazer nada direito, qualquer coisa que deixou de ser feita, foi porque eu ESQUECI ou porque eu, com a minha constante PREGUIÇA, atrasei, não quis fazer.
2- Eu sou uma criança, imatura, não me levem a sério. Não, eu não sou uma pessoa para fazer coisas importantes, porque a minha função aqui é te fazer rir. E isso é tudo. E OUTRA COISA! Apareceu agora, direto do forno das amizades sem-noção que cultivei, sendo um grande ouvido cheio de opiniões e conselhos. EU SOU DADA. Uma puta, vaca, que me jogo para todos os homens, sem consideração pelo fato de um cara ser seu namorado. CUIDADO! Eu vou roubar os homens de todas, todas as mulheres, eu vou roubar até namorados gays!
Mas a culpa disso é minha. Dando pouca importância para o que essa merda de círculo de pessoas cultas e inteligentes tinham como modelo de comportamento, dando pouca importância para as regras de convivência que nos dizem que é muito mais fácil dizer para alguém que ele é incompetente do que apontar as coisas boas que ele fez. Eu sou uma pessoa sem-noção, mesmo, uma idiota, cujo principal defeito é falar demais, não importa oquê.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu! Por Crisss