segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Viver com medo...

Engraçado demais: publiquei o texto abaixo num blog em 2005. Nada mais no blog faz sentido para mim, exceto isso, esse pequeno texto. A vida dá voltas mesmo, né verdade?
Coisas inacreditáveis, parte única-A vida é muito engraçada. A pouco tempo atrás ela parecia mesmo uma piada de mau gosto, dessas que todo mundo ri menos você, mas é um fato que a felicidade é um estado de espírito. E é divertido estar feliz- parece óbvio, mas é um fato constatado por poucos-pior- alguns acham mais interessante a constante deprê. Fui uma pessismista de carteirinha. Hoje tenho só meu pé atrás. Qual é a graça de viver a vida o tempo todo se protegendo, enchendo o joelho de curativo antes mesmo de se machucar? Chega um ponto na vida quando perde a graça ficar o tempo todo recuando, o divertido é meter a cara, mesmo que leve uns tapinhas de vez em quando. O divertido é se entregar aos objetivos, às possibilidades de conquista, de vitória. E se houver derrota, faz parte. Viver com medo é viver pela metade.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Adão é foda ou Vá fumar pra lá, caralho!





















Sério. Vou sair pregando isso por aqui pela cidade.
Hmm...talvez não.
Mas é foda, MEGA foda. A lógica mais lógica desde as aulas de matemática do terceiro ano (óbvio que eu não prestava atenção, então lógica, naquele tempo, era algo dentro da área de gramática, que significava raciocínio racional e prático ao interpretar....ah, que se foda!)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Era uma vez o "será"

Será que vai dar tudo certo? Será que vai durar? Será que os planos se concretizam? Será? Será?Serááááááááááááá?

Hummm....
Isso ERA a minha cabeça, idos de 2006,2007,2008.

A minha cabeça HOJE:
Quem perde sempre é quem ME perde.


Metida a besta? But true.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

AAAAAAAAAAAauhauahuahauhauhauahuaha








Só tenho uma coisa a dizer: ahahuahauhauahuahuahauhaua , ahuahuahauhauhauahuahuahauhauhau, ahuahauhauahuahuahauhauhauhaa.

Sinais claros de descontrole

Você está com aquilo que chamam de Síndrome do Transtorno de Ansiedade. Ela disse, sem delongas.
Eu não conseguia respirar, era estranho. Olhava para os lados, não via muita coisa além do que o meu pensamento queria que eu visse. Não falava nada que não me fizesse chorar.
Um ano, desde então.

***

Aquela cena ecoa em minha mente, em algum momento do dia.
Transtorno...traaaanssss toooorrrr nooooo.
Fantasma quase que sob controle. Às vezes, fora do lugar. Às vezes, aquela mulher dentro da minha cabeça me grita.
Perca um pouco da ausência de fé!
Retiro-me do avesso do que fui, sento em algum lugar, leio, reflito pela milionésima vez.
Não há um só dia que me faça esquecer.
Sem coitadas, doidivanas, enlouquecidas.
Um descontrole comedido, que me fazia falta. A falta era de ser um ser humano, muitas vezes.
Hoje, sinto que sou um ser humano. Que erro, que espero, que anseio.
Que ainda olho as horas, espero um envelope, alguma coisa.
Mas, não sei. Espero....tranquila.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mais quatro meses e BUM!

Tá chegando a hora....

Acho que vou sentir falta de tanta coisa....e tenho CERTEZA das coisas que eu não vou sentir falta.

Da péssima imagem que deixo no meu trabalho, por mais que me desgrace de trabalhar para não parecer incompetente e infantil.
Da grosseria e implicância de minha chefe, me tratando como criança, independente de como eu me comporte.
Das inimizades que alimentei; algumas, involuntariamente, outras, por merdas que fiz.
Do Pelourinho.
Do calor de Salvador.

Ah, também tenho CERTEZA de que vou sentir saudade de algumas coisas daqui:

Da minha família, dos aniversários que vou ter que dar parabéns por telefone.
Dos meus amigos, das risadas absuuurdas que dou com eles.
Do meu fofoo... (:*) que eu nem acreditava que fosse encontrar a essa altura do campeonato.
Do Pelourinho.
Do calor de Salvador.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

And again, and again, and again.....

Quando eu entro em um relacionamento, depois de tudo o que me aconteceu, fico com medo. Geralmente, quase que 100% na defensiva. Flashes da minha antiga e tempestuosa tragédia amorosa me tomam de assalto sempre que minha cabeça se obriga a notar que "bem...isso já aconteceu antes"...
Não dá para esquecer. Meus amigos, minha família, ninguém me deixa esquecer. Muitas vezes, são as situações, as situações que se assemelham.

Será que eu já sei onde tudo sempre acaba?
Será que a minha cabeça condicionou-se a pensar que sim, tudo acaba?

Estou cansada. Cansada de lutar contra meu passado, contra os malditos fantasmas que me obrigam a acreditar cada vez menos nas pessoas. Eu não queria desistir de acreditar, mas sei que há uma espécie de comportamento comum, que reconheço. Automaticamente o meu corpo detecta que está tudo errado. De novo eu me entrego demais, de novo eu confio demais.

Não posso cometer o retrocesso.
Não posso.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma história qualquer - parte 4

- Sabe qual é o problema?
- Diga.
- Você não entende nada.
- Han?
- É! Eu acho que a música ficou muito longa quando Chico engata “Construção”.
- Ah, eu achei legal. Duas músicas bacanas juntas.
- Bacanas?
- É.
- De onde você tirou “Bacana”? De alguma novela dos anos 80?
- Por que Caetano pode cantar que algo é “Superbacana” e eu não posso falar “Bacana”?
- Porque ele cantou isso na década de 60?
- E qual o problema? E se eu começasse a falar “supimpa”?
- Ai, deus, que retrocesso.
- Retrocesso foi você voltar à “Você não entende nada” só pra falar que “Construção” não devia estar junto com “Você não entende nada”!
- Mas repare, a música fica grande e depois da segunda vez que você ouve, enjoa!
- Eu, sinceramente, não acho.
- Como é possível?!?!?!?! Ah, você nunca concorda comigo, Glauco.
- Laura, meu bem, qual é o seu problema?
- Hum...Eu sei qual é o meu problema.
- Hum, tô ouvindo.
- Acho que eu preciso ter mais coisa pra fazer; pra parar de ficar pensando em tanta coisa inútil.
-...
-...
- Erh...supimpa.

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- Não sei se eu gosto tanto de balada esses tempos, Glau.
- Por quê?
- Acho que estou ficando velha.
- Ai deus, crise existencial agora não.
- Não, é que, veja só, olha essas rugas aqui! Isso é de ouvir música eletrônica extremamente alta e agüentar cigarro perto do meu cabelo.
- Laura! Cale a boca e vamos dançar, vamos.
- Nossa, você está tão hetero hoje, Glau. Tô magoada. Você não está vendo que eu estou passando por uma fase de transição?
- Transição? De uma bailarina chata para uma velha bailarina chata? Até o nosso papo envelheceu, se você quer saber.
- AH É? VOCÊ QUER VER UMA NOVA LAURAA?
- Não grita, não grita...
- Então TÁ!
- Pra onde você vaiii?!?!?!?!?!

_ _ _

- Aiii....
- Tá vendo...você quis dar uma de menininha.
- Aiii... fala baixo....
- Eu? Ah, querida, eu pre-ci-so te lembrar das coisas que você fez ontem...
- O quê? Aiiii....
- Quer que eu te conte qual parte? A que você mostrou os peitos? A que você quase apanhou de uma mulher quando se jogou em cima de um casal se oferecendo pra um ménage?
- Eu o quê? Ai.....
- Peitos, gata....peitos....
- Por favor....
- Menina, o melhor ainda está por vir.
- O que foi que eu fiz?
- Subiu no palco pra cantar...
- Dessa parte eu...
(os dois) – What a feeling...
- Mania desgraçada de achar que faz parte do elenco de Flashdance…até a corridinha você fez.
- Por favor...
- Já sei. Mais um lugar que a gente não vai nunca mais.
- Aiii...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Quando você descobre que envelheceu

É, uma hora a gente tem que ficar velho. Assumir responsabilidades gigantescas que nem mesmo a gente sabe se dá conta. Precisa reconhecer os próprios erros e limites, reconhecer as próprias necessidades , pesar as coisas e, enfim, tomar decisões que não são medidas por impulso, mas por reflexão. Você envelhece quando passa a reconhecer o que é "chato mas necessário".

Quatro meses até a maior mudança que já aconteceu em minha vida. Nesses quatro meses, enfrento um desafio: o de surpreender até a minha pessoa, fazendo algo que, eu sei, estrapola quem eu acredito que sou profissionalmente.

Mas, se eu já não tivesse feito isso antes, ao diagramar "acidentalmente" uma revista na faculdade, não teria descoberto o design, os quadrinhos, o prazer de desenhar, de colorir, de inventar.

Agora tenho que me encontrar um pouco na profissão que escolhi há cinco anos atrás e que, também por acidente, descobri que não é a minha: o jornalismo. Chato. Mas necessário.