Poxa, eu andei tanto hoje...fiquei pensando, como nunca mais tinha feito, no modo como, atualmente, levo a minha vida. Hmm
Eu nem sei por onde começar, ou talvez saiba. Da "moça" que existia, de fato, não sobrou quase nada, além das características mais difíceis de deixar de lado. Não, não sou mais emocional. Eu diria que me tornei reflexiva, mas uma reflexiva racional. Tenho dificuldades em dizer não, tenho. Minha palavra, aquela que diz "vou parar de fazer tal coisa", é uma fraude, uma fraude tão grande que nem eu mesma acredito quando digo que "a partir de hoje blablabla".
O que aconteceu nessa história toda é que, de tanto me dizerem que eu sou uma piada, acreditei. Não só acreditei, como levei adiante, confirmei. Fiz de mim mesma uma mulher-piada.
Não cumpria nenhum dos meus compromissos, no passado. Luto diariamente contra isso em minha cabeça, luto contra a preguiça de ir adiante e enfrentar toda a confusão que é levar algo adiante. Luto contra a voz dentro de mim que grita "pare! fique em casa!", quando tenho zilhões de coisas pra fazer. E acabo cansada de travar essa luta comigo mesma, sempre e sempre e sempre...
Hoje me disseram que não sou competente - não como jornalista. Respirei fundo e aceitei a crítica. Ela está certa. Não sou boa nisso. Será que serei boa no meu trabalho de conclusão de curso? Será que farei tudo certo? Acho que as pessoas não confiam em mim como profissional. Aliás, nem sei se as pessoas confiam em mim, at all. To-dos os dias imagino o zilhão de coisas que quero fazer, em contraste com as coisas que posso fazer agora. PEnso também que, neste momento, faço mais coisas do que jamais fiz.
Mas, e aí? Ainda sou uma criança perante outros? Ainda faço o perfil de "garotinha desvairada" que serve apenas para entreter?
Preciso convencer primeiro A MIM MESMA de que posso fazer todas as coisas que quero.
E, depois, fazer. Os que acharem que eu sou uma criança lerda e engraçadinha que se fodam.