É muito engraçado. Quem lê os meus posts velhos e, aos poucos, segue até os dias de hoje, percebe que alguma coisa mudou.
Eu percebo.
É muito difícil provar para alguém, além de você mesma, quando grandes transformações acontecem assim, internamente. Quando grandes coisas acontecem e modificam tudo o que você acha que conhece, o que você acha que acredita. Eu não quero que as minhas ações, como ir embora de Salvador, por exemplo, provoquem polêmica em minha família. O problema é que existem momentos em que algumas decisões precisam ser tomadas, para que os meus (e os pais de todo mundo) comecem a acreditar que sim, a gente cresceu.
O problema maior ainda é quando você é criada com a idéia de que vai dar tudo errado. De que as coisas vão dar errado, que nada funciona, a não ser que todo mundo aprove. E eu tenho o meu maldito histórico de relacionamentos ruins. Então, as pessoas jogam isso na minha cara, como se, mais uma vez, tudo fosse - como dizia Rita Lee - virar bosta. Pois eu digo não pra esse maldito pessimismo. Digo não para as neuras, para os dramas. Quero a vida bem mais simples. O que não significa que eu não saiba que terei de enfrentar a busca por emprego (de novo), as contas de luz, de água, de telefone. Problemas financeiros, planos de saúde, coisas que eu nem imagino ainda. Mas eu acredito que as coisas podem funcionar. Não porque vivo num conto de fadas....
Acredito porque quero. Porque acreditar é, unicamente, saber que eu escolho uma vida diferente, que faço as coisas não porque elas são o caminho mais fácil. Mas porque são o caminho que QUERO em minha vida. Vou viver a vida que quero. Não a vida que as obrigações e as dificuldades escolherem pra mim.