sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma História qualquer - parte 3

- Não dá, assim não dá. As lésbicas dessa cidade desapareceram! Qual é o problema? Como elas arrajam namoradas?
- Pra que esse desespero, mulher?
- Ah, você é gay, se quiser um namorado, tem quinhentos só andando pela Paulista. É fácil, reconhecível. Especialmente se você sair umas onze.
- Tá, mas deve ter lésbica por aí, alguma moça esperando por você.
- Quer saber? Cansei! Agora eu quero....homens mais velhos! Aqueles bem estilo, hummm..
- Francisco Cuoco?
- Não, besta, eu esqueci o nome dele, ééé...
- José Sarney?
- YOUCK! Você é uma bicha sem noção.
- Sapata indecisa.
- EU NÃO SOU SAPATA! EU jogo pros dois lados...
(risos)
- Tenta lembrar alguma coisa que o homem fez, pra ver se ajuda.
- Ele fez aquele cara, daquele filme...
- Boa, Laura, boa referência.
- Mas é! Aquele filme do 007, o último.
- Aqueeeeele homem? Ele não é velho. Coroa quer dizer cabeça branca ou umas ruguinhas, no mínimo.
- Tarcísio Meira?
- Não, não, sem exageiros. Eu me recuso a deixar você namorar com o Tarcísio.
- Ah, você vai me impedir como, hein?
- Nem vem, eu gosto de pau, quantas vezes preciso...
- Tá, tá, tááááááááá, tava só brincando. (...) Ou tentando te converter.
(risos)
- Já viu algum ex-viado?
- Eu não.
- E ex-lésbica?
- Já, eu.
- Aaa, tá. Você nem tocou numa vagininha, nunca, na sua vida. Só porque ficou interessada em mudar de ramo durante DUAS SEMANAS já se chamou de lésbica?
- Hm, tá, é verdade. Vagininha, Glauco? Você poderia chamar de qualquer coisa, chamou logo de "vagininha", assim, no diminutivo?
-Tá, tá.
Um pouco de silêncio e...
- Eu conheço um monte de ex-heteros, serve?