sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pausa para a pornografia.

Eu estava assistindo um programa de tv ontem, entre meus espirros e tosses, quando alguém iniciou uma discussão sobre pornografia. Ai que raiva eu tenho de pornografia. Puta merda, aquela bosta é feita pra quem? Pra mulher que não é, porque mulher não é muito atingida pelo apelo dos filmes pornô. Até as revistas de bofes nus são feitas para o público gay, não para mulheres.
O problema é a conseqüência disso tudo para a mulher comum: somos todas vistas como possíveis atrizes pornô. Daí, o cara que é viciado em pornografia vê na namorada a possibilidade de realizar tudo o que vê nos filmes. E, é claro, a mulher precisará ter peitão e barriguinha sequinha. A razão maior de termos tantas mulheres fruta -melancia, jaca, mamão, sei lá - é que a mulher aceitou o papel que o homem atribuiu para ela: o de símbolo sexual. Ela consegue tudo mostrando a bunda, mostrando os peitos e saindo na Playboy. Luciana Gimenez ficou famosa por engravidar do Mick; as mulheres do funk ficam famosas cantando que Dako é bom e um monte de outras coisas...
A pornografia só rende porque vivemos numa sociedade que gosta de castrar e esconder desejos. Daí, os homens, com seus instintos controladores e extremamente carnais, tendem a ver sexo em tudo e alimentar suas fantasias com os filmes - onde as mulheres fazem tudo que as "normaizinhas" não querem fazer ainda. Até que chegue a hora da cama, quando viram a mulher pra cima, pro lado, tentam imitar os filmes com o "de quem é isso?", "de quem é aquilo?"....
Não estou sendo moralista. É a última coisa que sou. Mas o papel da mulher como intelectual da sociedade se esvai quando transformam todas as suas profissões em fantasias sexuais: enfermeira, empresária, professora...tudo vira filme pornô. E os filmes estão ficando cada vez mais "hardcore". Tem mulher enfiando taco de beisebol na xana. Só para satisfazer punheteiros sem imaginação.