Assisti anteontem o tal profissão repórter, que contava todo o processo que está acontecendo com a população de Santa Catarina. Não acreditei no que vi. Em compensação, pude notar que, aqui, quando a coisa aperta, a solidariedade sai por todos os poros. E isso é muito bom.
Eventualmente penso em quanto estou de passagem. De passagem por tudo, por todos os lugares. pelo meu trabalho, que realmente aprendi a amar, pela casa dos meus pais, pelo meu próprio corpo, que pertence - de fato - não a mim, mas ao tempo. Chegamos ao mês de dezembro e eu finalmente aprendi a dar mais valor a coisas que não o relacionamento, por mais que fale sempre sobre isso aqui. Eu sei que há algo tão mais importante e mais sério que tudo isso, é para esse "algo" que devo prestar contas, para ele que devo trabalhar.
Não se trata de um deus, não falo disso. Falo de retribuir tudo o que tenho, tudo o que ganhei - interna e externamente. Devo isso ao mundo que me criou, que eu não seja mais uma pateta cujos maiores problemas são as brigas com o namorado. Ainda bem que saí desse estágio. Me sinto imensamente feliz por isso, imensamente. Porque agora nada me prende a lugar algum. Tenho uns amores nessa cidade, mas meu amor maior é, sem dúvida, viver. E fazer o que puder para transformar essa coisa que pulsa em mim em um coração de verdade, que ama, acima de tudo, fazer algo de bom para quem precisa.
O resto é balela.