Caramba, quanta gente voltou para a minha vida esses dias. Apareceu no msn - cara bem dura - um dos velhos efes. Depois que eu quase não me lembrava de nada, veio cheio de dedos, dizendo que queria me ver...
Foi aí que me dei conta do tamanho da minha racionalidade.
Pensei em impedi-lo e, de fato, fiz isso. Mesmo ele tendo insistido, eu disse que não e pronto. Aconteceu também com a outra múmia que saiu da catacumba. Encontrei no ônibus, me dizendo que eu sumi. Ah, eu sumi porque conheço bem o seu tipo, engraçadinho.
E mais uma vez, ignorei um pedido para me ver.
E a terceira pessoa é resistente. Depois de eu sumir por várias vezes, não atender o telefonema dele, ele ainda veio me procurar. E eu despistei.
Nunca foi tão difícil procurar um tempo pra mim. Mesmo assim, notei que mudei bastante. Porque, para mim, neste momento, o meu trabalho de conclusão de curso é mais importante que qualquer relação em que eu me envolva. Não acho justo, também, com essas pessoas, eu me comportar como me comportei alguns meses atrás. Até porque eu sofro de uma carência por atenção muito grande, e é disso que eu tenho que me livrar antes de ir morar em São Paulo.
Às vezes é preciso repensar quem eu sou, me auto-criticar. Porque é assim que enxergo grandes defeitos que estavam ali, na minha cara, e eu não percebi. Como aquela mania de seduzir o universo. Aquilo me cansa, profundamente. Então percebi que não preciso disso: percebi quando fiz minha primeira amizade hetero masculina sem interesse nenhum além da amizade.
Percebi quando a única pessoa com quem me envolvi verdadeiramente desde o fim do meu último relacionamento foi, na verdade, uma conquista que eu não esperava, uma pessoa que eu conquistei e que me conquistou...sem que eu utilizasse nenhuma das minhas técnicas.