terça-feira, 18 de novembro de 2008

Chuchu não é laranja, é só não misturar...

Não sei, acho que vou dar uma de Carrie Broadshaw minus dramalhões amorosos e analisar os casinhos e seus desdobramentos. Acho que posso.

Sábado estava eu, lindamente rosa de bolinhas brancas, num vestido curtésimo. Fui ao cinema com meus amigos, assistir Vicky Cristina Barcelona. Filme ótimo. Saímos de lá e eu ainda precisava de um plus a mais; um café, talvez. Fomos eu e um dos amigos para um Café na Barra, conversar, comer sequilhos e tomar capuccino. Coisa linda de Deus. Depois, sentimos que precisávamos de um plus a mais maior e seguimos para a diversão voyer. Fomos rir e observar a vida alheia no Alah's Garden.

Voltas aqui e acolá, um homem lindo num carro de não sei qual marca estaciona próximo ao nosso carro. "Oi, o que é que um homem lindo como você faz aqui?"
Análise número 1: um elogio desmonta metade da carapuça masculina.
Ele sorriu e se jogou, como uma daquelas mulheres que se fingem de frágeis para atrair a presa (eu já fiz bastante isso). "Eu vim me divertir", acho que foi isso o que ele respondeu. Mostrou o ** dele e eu disse "Não me mostra seu pau, porque todos são iguais".
Análise número 2: constrangê-los é grande porcentagem do caminho para deixá-los desarmados. Quando o homem acha que tem o domínio da situação, ele se faz de difícil. Quando ele se vê desarmado, acaba mostrando alguma fragilidade.
"Você me pedir pra te beijar seria muito mais eficiente que isso", afirmei. "Posso te beijar, então?", ele pediu.
Nos beijamos. Saí do lugar onde estava, o carro do bofe veio atrás, ele me dizendo que queria me ver de novo. "Numa outra vida, quando nós dois formos gatos", devia ter respondido. Num outro momento, nos beijamos de novo. Ele me pediu pra que fóssemos para outro estacionamento, mais quieto, mais calmo.
Análise número 3: Faça o cara pensar que ele tem o que quer; ele vai te dar o que você quer sem muito esforço.
Naquele caso, eu queria fazê-lo de besta.
Pedi pra meu amigo seguir com o carro e fingir que iríamos para o estacionamento. O bobo seguiu ao lado do nosso carro, pedindo que fossemos por tal caminho. Eu sorri, cinicamente, e disse que não. Ele pediu para que eu baixasse o vidro, já com cara de desespero. Dizia que queria falar comigo, que queria qualquer coisa, um telefone, um nome...Eu sorri. E segui por outro caminho.
Ele seguiu direto, com uma cara de decepção revigorante.
Análise número 4: Quando os homens recebem o tratamento que eles costumam dispensar às mulheres, eles costumam ter reações semelhantes às femininas. O que significa que, de fato, somos todos um tanto parecidos.
Inclusive quando queremos ser cafajestes.