sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Who is going to pick up the pieces then?

Tudo o que eu demorei tanto tempo para construir dentro de mim desmoronou em seis dias. Depois de um mês, começo a notar que não há, agora, espaço para ninguém, nem mesmo para o próprio ex. Tenho apreço pelas pessoas, admiro-as, me interesso por elas, mas não as amo, não dedicaria mais que algumas horas a elas. Voltei a curtir a solidão de sentar em frente a tablet e desenhar meus devaneios. Ou assistir a um bom filme. Voltei a apreciar as saídas com os amigos, os amigos que não te abandonam, não importa quantas merdas você faça.

O que eu faria, se eu pudesse voltar no tempo?

Primeiro: talvez não tivesse saído da FUNCEB. Nem ficado noiva. Poderia agora estar comprando meu apê. Mas será que eu estaria desenhando tão diferente de quando comecei? Será que valorizaria tanto morar só e morar com a família?

Será que eu seria quem eu sou hoje? Muito difícil responder.

Eu sei que tudo o que eu vivi teve um propósito: afirmou pra mim que eu posso confiar em poucas pessoas nessa vida, que devo depender apenas de mim mesma. Durante meu último relacionamento, jamais baixei a cabeça. Posso ter tido minhas fraquezas, mas jamais baixei a cabeça. E nunca me arrependerei disso, não abaixarei minha cabeça para ninguém. Pelo contrário: manterei minha posição firme. Sem melindres, sem promessas, sem romance de novela.

O primeiro que vier me prometendo amor eterno voa pela janela.
E é exatamente para não cometer assassinatos, que vou ficar na minha. Se bem que estou saindo com um rapaz muito legal. Mas o negócio vai parar por aí mesmo.