segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eu, Cristiane F, drogada pela política aos 22...


Ontem fui ao último debate com os candidatos à prefeitura de Salvador antes das eleições. Coisa bem glamour...um caos se instalou na frente da TV Itapoan (Record, para os mais íntimos): pessoas com bandeiras, balões, carros de som de todos os canditatos faziam a barulhada que reinava junto com a tensão da espera dos candidatos. O primeiro que chegou foi Imbassahy (PSDB), com sua esposa. Uma renca de urubus (digo, jornalistas) pousou em cima do candidato, que, cheio de blush, respondeu à perguntas de diversos tipos. O vice de ACM Neto, Marcio Marinho (PR), havia chegado no mesmo momento que o candidato a prefeito....pobre homem. Andava lentamente, em busca dos repórteres que nunca chegavam. Coisas dos critérios de noticiabilidade.
ACM Neto (DEM) veio logo depois, com sua cabeça imensa devidamente maquiada e, ah, duas espinhas. Monossilábico, fugiu da maioria das perguntas ( o que não impediria que o abordássemos novamente no fim do debate) e subiu em direção à TV. O atual prefeito, João Henrique (PDT...digo...PMDB) chegou com uma quantidade incrível de pancake. Alguns disseram que ele tinha feito bronzeamento artificial, outros, que ele tinha se maquiado demais. Fato é que ele estava marrom e que, pasmem, teve a audácia de dizer, quando perguntaram a ele se ele se atrasava para seus compromissos em Salvador por causa do trânsito, que NUNCA havia se atrasado. Só em São Paulo. João Henrique deve andar de helicóptero, porque aqui, até as ambulâncias se atrasam.
Walter Pinheiro (PT) e Hilton Coelho (PSOL..eu quero Hiiilton 50..lálálálálálálá lá...Sal-va-dooorr) foram os últimos a chegar. Pinheiro, num gesto suuuper Getúlio Vargas, entrou a pé, para enlouquecer os já enlouquecidos bandeirinhas que estavam lá na porta. Porra, fazem lavagem cerebral naquele povo. E Hilton chegou num Fox vermelho. Chique.
É bom não entrar em detalhes do debate aqui porque, afinal, é possível saber o que esperar quando temos algumas pessoas de histórico sujo (Imbassahy por exemplo, pessoinha cínica) e um inexperiente Hilton, que, ignorado (ou tratado como um personagem caricatural), só respondia perguntas quando não havia mais jeito para os outros candidatos fazerem perguntas uns aos outros. É revoltante notar que há um descaso com o eleitor e uma aparente preocupação com o jogo político, quando o eleitor é o personagem principal do processo.
Se fossemos cientes de que a parte mais importante dessa eleição (e de todas) não é quem se elege, mas quem vota, teríamos um pensamento muito mais crítico acerca das candidaturas nojentas de alguns políticos (como Maluf, em São Paulo e Imbassahy, aqui) e talvez, as campanhas eleitorais bem feitas não fossem suficientes para nos enganarmos. Enquanto estive no estúdio, tratei de observar o olhar dos candidatos quando não estavam sendo filmados. ACM Neto tinha o hábito de voltar os olhos para a platéia constantemente, talvez observando o que as pessoas ali achavam de suas propostas mirabolantes. João Henrique, com a cara marrom, mantinha-se empostado, empinado com as mãos juntas, talvez tentando parecer "muito mais forte"; Pinheiro parecia político de filme trash, sorrindo um sorriso falso e com as mãos na bancada todo o tempo. Só Hilton parecia não fazer firoula...tinha noção de que, daquele teatro, não estava fazendo parte.
Eu me enchi de revolta e, ao mesmo tempo, me senti defasada por não ter participado da "coisa política" há mais tempo, de ter me permitido parar , pelo conforto de estar bem onde estou e pela idéia de segurança que eu não devia buscar aos 22. Também me senti lesada, porque sei que os principais candidatos à prefeitura não estão preocupados, de fato, com a população da cidade que irão governar. Estão interessados no jogo, no ganhar, na disputa. No jogo político que vicia, porque envolve ego, estratégia, persuasão....e dinheiro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu podia, mas não vou



Vai ter show de Marcelo Camelo por aqui.

Ah.... de gente Pimba já basta o povo da minha profissão.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quando você tem que engolir.

Não, af, uf, que horror. Não é sacanagem não. É claro que em alguns momentos...ah, deixa pra lá.
Mas o negócio é engolir sapo. Ninguém gosta, ninguém que eu conheça. Tem gente que se acostuma, que acha superfácil. Meu gênio (indomável não por uma inteligência absurda, mas pelo simples fato de eu ser uma pessoa de personalidade difícil) nunca se deu bem com pessoas esnobes, ou com qualquer pessoa (até mesmo as normais) que tenham por obrigação dar ordens.
Masssss tudo bem. Você vai ficando mais velha e entendendo que receber ordens faz parte do processo, que baixar a cabeça, às vezes, é necessário, porque existem interesses maiores a serem alcançados. Acho que 2008 foi o ano em que mais engoli sapo em toda a minha vida. De ex (antes "atual"), de chefe, de pai...no início, tentava revidar, sair por cima, sair com a cabeça erguida. Depois, percebi que o importante mesmo era colocar pra funcionar A musiquinha interna da cabeça, deixar rolar e tomar o carão. Se possível, aproveitar até algumas das coisas que foram ditas. Me tornei muito mais compreensiva, por mais impaciente e metida a revolucionária que seja. Finalmente tenho objetivos maiores que estar ao lado de alguém, então não vou destruir tudo porque alguém me tratou mal ou qualquer coisa desse tipo. Não tenho pretensão de ser "A justiceira"; quero realizar minhas metas e, mesmo que chegue lá, tenho o sangue de barata para não mandar ninguém se foder. Fui contaminada pelo sangue de barata do meu ex (ou anestesiada - e endurecida - pelo bando de coisa que ele fez).
Mas é, né. Deixei de engolir saliva alheia pra engolir sapo. Ano f...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre a merda do fim.

O problema no fim de um relacionamento é quando você ainda gosta do cidadão. É complicado, porque, na maioria das vezes (eufemismo), eu gosto, e aí fodeu. Dá uma falta danada, falta que ele nem sente, porque, afinal, ele não tá mais afim. Eu, queridos fantasminhas, sou uma boboca gigantesca. Daquelas que amam plenamente, com todas as partes do corpo (ui). E nunca enxergo que os homens amam mesmo com a...razão (ahá!). Quando o sentimento (!), por parte deles, se esgota, provavelmente é porque eles enxergaram "a verdadeira" você, não a você idealizadinha do início do namoro.
E quem disse que eu era independente? Sempre, meu bem, sempre fui otária. Sempre estive em busca de alguém. Agora que eu quero que essa coisa toda de buscar a "soul mate" se exploda, se foda em mil pedacinhos de chiclete ploc. Não tô, não tô mais afim meeeeesmo. Mas quando você me conheceu, gato, eu tava posando de independente. Porque era uma carente abestalhada. Só disfarcei bem, porque, sei lá, talvez eu seja boa atriz.
Não sei em que momento demonstrei totalmente meu lado neurótico filho de chuck. Sei que, no momento em que mostrei, os problemas começaram. E lá se foram os planos da casa, dos dois cachorros, da vida em comum. Porque homem nenhum quer uma mulher real. Gostam mesmo é das idealizadinhas em suas mentes, de preferência, daquelas inteligentes, independentes e personagens principais de filme.
Eu posso não ser personagem de filme, beibe. Mas garanto que depois desse fim filadaputa (desculpe os termos-podres), não sobrou mais nada da abestalhada. Restou, enfim, alguém independente. E matem os cachorros dos planos, derrubem a casa. Que se foda o restinho de sentimento, que ele vá para a putaqueopariu (nesse caso, eu mesma, então não, peloamordedeus), que ele se exploda com o resto do que acabou. Porque eu vou é pra Europa.