segunda-feira, 31 de maio de 2010

Life is too short...

...to spend it with work.
Foi isso que vi um dia desses numa camisa, num cara na Paulista. Pra mim, depende muito do trabalho. Realmente acho excessivo esse negócio de dar oito horas por dia de sua vida num espaço -muitas vezes - fechado, com mais um monte de gente que sua para fazer um bom trabalho e poder pagar as contas. É preciso muita raça para fazer isso dia após dia. Acho que nunca vou me acostumar com esse processo, mas sei que faz parte e que tudo compõe um longo caminho para a descoberta daquilo que você pode fazer com uma paixão plena. Eu posso me apaixonar facilmente por um animal de estimação, por uma pessoa, mas por um trabalho...mesmo quando eu transformo um hobby no meu ganha pão, aquilo logo se torna enfadonho.

Como fazer para não ser uma vítima do tédio? Trabalhar por uma causa. Acho que o meu problema não é o lugar, nem as pessoas, nem o próprio serviço em si. É, simplesmente, o fato de nada daquilo ter propósito. De não ser para nada além do meu ganha-pão e do serviço prestado à alguma instância particular, que, por sua vez, também não vai fazer nenhuma diferença no mundo além do seu próprio metro quadrado.

Eu acho que tenho a salvação para mim: deixar meus hobbys no patamar de hobbys; trabalhar para mudar vidas. Talvez quando passar a fazer isso, coisa que sonho desde criança, eu finalmente possa ser uma pessoa plena - alguém que, realmente, precisa daquilo para viver, mais ainda do que do dinheiro. Então não estarei desperdiçando minhas horas, perdendo uma vida tão curta cuidando das vontades de quem já está muito bem, obrigada.