quinta-feira, 31 de março de 2011

Fugindo do drama, em câmera lenta.

Ai, essa coisa de um passo de cada vez é um saco. Trabalho feito uma condenada e as coisas não acontecem, simplesmente não acontecem. Na verdade, eu nem sei o que quero que aconteça. Quero sair de casa (de novo) e conviver lindamente com minha mãe e meu pai do jeito que era em sp: com visitas espaçadas e esporádicas., aquele almoçozinho de domingo. Quero pagar todas as minhas contas, assistência médica, pós, quero ser livre-totalmente- dos encargos financeiros da minha família. ODEIO ter que ouvir o "pra quê você precisa de um curso de francês?", QUANDO EU PAGO TODAS AS MINHAS CONTAS E, POR VEZES, PRECISO DE UMA AJUDA PRA PAGAR ISSO OU AQUILO.
Eu já sei, já sei, quero ter liberdade total. Não ter mais emprego fixo, ser completamente freela. Não morar mais na casa dos meus pais, poder resgatar julia. Ter a minha mesa de desenho, as coisas que gosto (que são poucas, mas infelizmente não são baratas), minha gata ali comigo...quero a minha vida fora dessa casa, mas arrumada, sem dívidas. Uma vida normal. Não quero ser famosa, estrela de nada. Quero continuar com meus quadrinhos, ter trabalhos, pagar as contas. Quero chegar a esse patamar.

Agora tenho que administrar as dívidas restantes de sp, a carga dramática que você recebe quando mora com a minha mãe, a chateação invejosa do meu irmão, que adora fingir que está preocupado com você só pra saber quanto os nossos pais pretendem gastar com você. Ter que aceitar o fato de que sou racional o suficiente para odiar os planos mirabolantes de minha família, que nunca dão em nada. Eu pelo menos tento as coisas, mesmo que elas dêem errado. Eles adoram fazer planos. E matar os planos. Eu não quero matar planos nunca mais. Agora, tenho que administrar minha mãe e sua personalidade teatral, meu irmão e seu cinismo conveniente, enquanto espero, dando um passo de cada vez.
Lentamente.