sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Subindo as escadas devagar

That bitch.

Está no apartamento que EU escolhi, na cidade que EU escolhi, fazendo o curso que EU sugeri, usando a marca que foi ideia MINHA. Leio o buzz dela, vejo as coisas que ela escreve direto da cidade que EU tinha escolhido pra viver, na vida para qual eu a empurrei, a vida que era minha.

Bitch,

Eu vou construir uma carreira gigantesca, um nome, vou construir meu próprio império, onde quer que eu esteja. E você vai saber, vai ouvir meu nome de novo. Vai se arrepender de ter me tirado da sua vida como se eu fosse dispensável. Eu coloquei você aí.

Mas eu vou mais longe.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Num piscar de olhos

Acordei, há três dias atrás, com vontade de morrer. E não por nada em especial, mas porque tinha perdido a vontade de fazer tudo, a única coisa que importava era desenhar. Mas no dia seguinte à maior explosão de ira que já tive na vida, as nuvens se dissiparam. Andaram para frente, choveu. Eu respirei, depois desses dias de calor insuportável, muito barulho, muita agonia. Eu respirei e comecei a organizar minha cabeça. Das coisas que eu sentia e não sinto mais, dos rótulos que me coloquei e não couberam. Eu acordei assim, leve, como um afoxé num dia de praia, que balança como um monte de ondas que batem nos pés da gente, enquanto a gente encara o mar. Eu me vi olhando pra frente, pro horizonte, e lá de longe o mar parecia tão tranquilo...
É bom ficar em silêncio, depois de tantos dias gritando. Hoje fico calada, por estar em paz comigo, por estar em paz. Quero começar de novo algumas coisas, outras, prefiro colocar no lugar ao qual elas pertencem: o limbo. Outras ainda, novas, recentes, em mim já se transformaram (mesmo que o ex-noivo ainda superinterprete minhas palavras, na maioria das vezes). Eu não sou mais uma mulher presa ao passado.
Não sou mais.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma vida que despenca

Eu espero que este seja meu último texto deprê. Eu estou num redemoinho, é verdade. Não tenho vontade de ir pro trabalho, nem de ficar em casa. Não sei explicar como me sinto agora, estou num pesadelo, onde perdi um noivo e ganhei um amigo, perdi uma amiga e ainda continuo sentindo que, a cada passo, perco mais um pouco. E continuo com a sensação de que falta. Falta algo.
Não é o beijo na boca do ex-noivo, não quero mais isso. Mesmo. Não é a amiga que enfiou a faca. Mas falta algo. Eu não sei o que é.

Realmente não sei.